Sérgio Francisco Dias, 42, é figura conhecida das ruas do Recife, cidade em que vende vassouras há 25 anos. Natural de Vitória de Santo Antão, de onde saiu em busca de serviço na capital, ele vive do comércio. “Já vendi cerveja, água mineral, picolé”, conta. Começou no seu ramo de vassouras em 1991, quando pegava mercadoria fabricada por deficientes visuais, no Instituto de Cegos, que fica na Estrada dos Remédios.
“Eu ia lá pegar as vassouras para vender nas ruas. Ficava olhando a turma fazer, e terminei aprendendo. Hoje fabrico rodo, vassoura, espanador, vasculhador. E passo o dia na rua vendendo, de casa em casa”, comenta. Sérgio anda de sete às duas da tarde, todos os dias, o que lhe garante o sustento dos três filhos. Já tentou engrossar o número de vendedores, contando com a ajuda de um irmão e dois amigos. Mas estes também aprenderam o ofício, fabricam e, como Sérgio, vendem seus produtos nas ruas.
Os apetrechos vão de R$15 a R$70, preço da vassoura “fina, de crina de cavalo”, ideal para pisos encerados. Sérgio é habituado a confeccionar peças maiores e recentemente recebeu um pedido que virou um desafio. “Uma banda marcial encomendou escovinhas pequenas, como as de lavar mamadeira, para limpar os instrumentos. Fiz tudo como me pediram, e hoje até a tuba fica bem limpinha”, comemora.
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Texto e fotos: Letícia Lins / #OxeRecife
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