Sena, o chimpanzé mais idoso do Brasil, comemora aniversário de 67 anos

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Considerado uma espécie muito interativa  os chimpanzé viraram estrelas nas redes sociais e até em parques temáticos internacionais, onde costumam interagir com humanos, entre abraços e beijos. Mas no Recife, as atenções vão para Sena, o chimpanzé (“Pan troglodytes”), que é considerado o mais idoso de sua espécie no Brasil. Quem sabe, no mundo, já que os “anciões” que até apareciam no Guinness Book faleceram recentemente. Sena tem 67 anos, completados no domingo.

E, claro, teve festa para ele que é, também, o mais longevo morador do Parque Estadual de Dois Irmãos (Pedi), onde fica o zoológico mais conhecido de Pernambuco. Sena chegou ao Pedi com apenas 15 anos, e vem de uma época onde explorar animais em picadeiro de circo ainda era permitido. Passou a morar no Parque quando o dono do circo em que o animal “trabalhava” se recusou a fazer um tratamento dentário no animal.

Felizmente, o seu ingresso no Zoológico de Dois Irmãos foi marcado por acolhimento e cuidados, com a direção do parque providenciando tratamento dentário realizado por um dentista de humanos. Após esse tratamento, o chimpanzé nunca mais apresentou problemas graves de saúde. E tanto é assim, que está perto de virar um setentão. Ontem, ao completar 67, ganhou bolo de aniversário, lanchinho especial e até sessão musical com seu tratador e amigo Marciano.

Sena é um animal condicionado, o que significa que ele aprendeu a associar estímulos a respostas por meio de repetições e reforços. Ele está bem acostumado com a rotina e, por cooperação, permite que a equipe responsável pelos seus cuidados realize procedimentos necessários, como corte de unhas e aplicação diária de colírio, além de exames de vista periódicos.

“Sena faz parte da memória afetiva de várias gerações que vivenciaram o Parque nas duas infâncias, essas lembranças aproximam a população da natureza e estimulam a sensibilização pelas causas  ambientais, além do cuidado e  respeito pelos animais. Não só os visitantes, a comunidade científica aprendeu muito com Sena. Sua história ilustra como a dedicação e o zelo podem impactar positivamente a longevidade e a qualidade de vida dos indivíduos sob cuidados humanos”, afirma a gerente geral do Parque, Marina Falcão.

Abaixo, confira mais informações sobre primatas.

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Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Foto: Lu Rocha / Semas -PE

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