Sinceramente, dá uma pena ver a quantas anda a sujeira no Rio Capibaribe, um patrimônio que a natureza deu ao Estado e, principalmente ao Recife. Mas a população não toma jeito. Além do problema do despejo de esgoto – provocado pela falta de saneamento – os recifenses costumam usá-lo como local para descarte de lixo. É só contemplar o mangue, quando a maré está baixa, para se observar o tamanho do estrago.
Nesta semana, a Autarquia de Manutenção e Limpeza Urbana (Emlurb) deu início a uma ação de limpeza dos manguezais do Capibaribe, dessa vez ao longo do Cais da Aurora, um dos locais mais bonitos do Centro. O trecho escolhido fica entre a Ponte do Limoeiro e o monumento Tortura Nunca Mais. Ao final do trabalho, a Emlurb espera ter removido cerca de dez toneladas de entulhos das margens do Rio. A ação deve se prolongar até a próxima quinta-feira. A equipe de limpeza nesse trabalho não é grande: oito homens.
Seria bom que a Emlurb cuidasse um pouco mais, também, da Rua da Aurora. Passei lá no último sábado e, infelizmente, havia muita sujeira espalhada pelo chão, o que é de se lamentar, tratando-se de um dos lugares mais bonitos do Centro do Recife. Já com relação à limpeza do Capibaribe, ela é periódica. A cada mês, a Emlurb realiza limpeza, com intervenções que acontecem ao longo da Rua da Aurora, no trecho compreendido entre a Rua da Imperatriz e a Avenida Norte, beneficiando também a vegetação que fica em frente à Casa da Cultura. Também são feitas ações de limpeza no trecho que fica em frente ao Paço Alfândega ( bairro do Recife Antigo). E ainda no Cais José Estelita, Cabanga e nos bairros da Jaqueira e Poço da Panela.
Também há o trabalho de limpeza dos resíduos flutuantes do Rio Capibaribe, que é realizado pelo Ecobarco. O equipamento atua em todos os trechos navegáveis do rio, dentro do município do Recife, incluindo as ilhas do Centro do Recife, a Zona Norte até a BR 101, e na bacia do Pina e seus afluentes. A cobertura é de aproximadamente 35 quilômetros. Pasmem, entre os materiais retirados encontram-se não só plásticos – garrafas Pet, botijões – como móveis, colchões, sapatos, eletrodomésticos, capacetes de motociclistas, geladeiras. Tudo que se puder imaginar.
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Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Fotos: Divulgação/ Emlurb e Letícia Lins
