Não costumo caminhar pela Avenida Recife, mas sempre passo lá, quando me desloco à Zona Sul, pela BR-101. Tenho visto, no entanto, alguns problemas graves nas calçadas daquele que é um dos principais corredores do Recife. Elas possuem crateras, barracas no espaço do passeio público e comportam até “agências” de automóveis. Ou seja, os carros ficam expostos com placas de “vende-se” nos locais destinados a pedestres. É o que ocorre nas imediações do Conjunto Inês Andreazza.
Há outros trechos que são ocupados por gelos baianos, para proteção de postes, que tomam o lugar de quem precisa por ali andar. É o que se vê, por exemplo, perto das lojas do Makro e do Walmart. Felizmente, a Autarquia de Manutenção e Limpeza Urbana (Emlurb) deu início às obras de requalificação das calçadas da Avenida Recife, “com atenção especial aos trechos onde há pontos de ônibus instalados”. De acordo com a Prefeitura, “a ação vai melhorar a mobilidade de milhares de pessoas que trafegam a pé pela avenida e utilizam o transporte coletivo diariamente”.
As intervenções contam com um investimento de R$ 100 mil, devem ser concluídas em setembro, e vão beneficiar sete quilômetros de extensão – entre o prédio da Justiça Federal (em Jardim São Paulo) até o Viaduto Tancredo Neves (na Imbiribeira – devendo, ainda, contemplar 20 paradas de ônibus, situadas nos dois lados da via. De acordo com a Emlurb, os serviços incluem a recuperação de 600 metros quadrados de piso em concreto no entorno das paradas. Tomara que sejam removidos elementos incompatíveis com calçadas, como gelos baianos e automóveis em exposição para venda, em locais que deveriam ser exclusivos de pedestres.
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Texto e foto: Letícia Lins / #OxeRecife