A regência coletiva dos maracatus

Compartilhe nas redes sociais…

Além dos metais do frevo, há outros instrumentos que têm tudo a ver com os sons do carnaval do Recife: as alfaias dos maracatus. E no dia 8 de fevereiro, os batuques vão soar no Marco Zero, onde treze nações se apresentam com 700 batuqueiros. Foi a forma que a Prefeitura encontrou para suprir a lacuna deixada por Naná Vasconcelos que tradicionalmente conduzia os cortejos dos maracatus na abertura oficial do carnaval.

Ou seja, aos sábados de Zé Pereira. Esse ano, o frevo dominará a festa de abertura. Mas os maracatus irão às ruas na quinta, para encerrar a programação de prévias carnavalesca. Será uma “grandiosa celebração à cultura de matriz africana”, informa a Coordenação de Imprensa do Carnaval do Recife. Cerca de 700 batuqueiros se encarregarão de fazer a festa daquele que é uma das manifestações mais fortes da cultura pernambucana.

Na ausência do regente Naná, a regência dos maracatus será coletiva, sendo conduzida pelos mestres das 13 nações  ali presentes, no que vem sendo chamado de Tumaraca – Encontro de Nações. “Tumaraca” era o grito de guerra usado por Naná no comando dos batuqueiros, que, a partir de agora, experimentam o protagonismo da regência compartilhada entre as próprias nações, apropriando-se de todo o processo criativo do espetáculo. Até  o dia 8, todas as sextas haverá ensaios de maracatus na Rua da Moeda, no bairro do Recife (que os órgãos de turismo chamam de Recife Antigo).

Leia também:

Escolha do Rei e da Rainha do Carnaval
Carnaval no Pátio e na Rua da Moeda
Já é carnaval no Pátio de São Pedro
Asas da América na Quinta do Galo
César Michiles e a renovação do Frevo

Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Foto: Daniel Tavares/Divulgação/PCR

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.