Amigos, leitores, moradores do Recife. Ao longo dos últimos três anos, o #OxeRecife tem mostrado sua preocupação com a arborização da nossa cidade, cada dia mais detonada pela motosserra insana, seja de órgãos particulares ou a serviço de órgãos oficiais. O arboricídio nos motivou a criar a campanha-denúncia Parem de derrubar árvores.
Nesse período, a cidade parece estar mais quente, e as medidas para evitar o pior não vêm surtindo o efeito desejado. Eu, que gosto de caminhar, não estou conseguindo andar depois das dez da manhã, porque o calor das ruas está insuportável. Somente. Todo mundo sabe que a nossa Veneza Brasileira é tida como uma das cidades mais vulneráveis ao efeito estufa.
Há bairros que já são ilhas de calor. E outros que podem desaparecer com o aumento da temperatura. Talvez por conta desses riscos futuros, tenhamos sido a primeira cidade do Brasil a ser declarada em situação emergência climática. Lembro da “emergência climática”, a cada rua que passo, onde não se observa uma só árvore. Elas estão nos bairros sofisticados, nos arrabaldes, nos morros e até no centro, como é a que está no nosso foco hoje, iniciando esta série.
Por esse motivo, além de continuar com a missão de acusar o sumiço de nossas árvores em (#ParemDeDerrubarÁrvores), o #OxeRecife está começando agora a mostrar as ruas desprovidas de verde. Usaremos a hastag #RecifeEmergênciaClimática. Começamos pela Rua Marquês do Recife, em Santo Antônio, onde fiquei estarrecida com essa paisagem árida. As observações sobre essa situação são feitas durante passeios com grupos como o Olha! Recife, Caminhadas Domingueiras, Caminhadas Culturais e Bora Preservar. Também resulta de observações em passeios solitários, pois adoro andar. Situação é triste e são muitas as ruas com paisagem inóspita como a da foto,, totalmente desprovidas do verde essencial para nossas vidas. Contemplem e pensem. Façamos uma reflexão: O que será de nós?
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Texto e foto: Letícia Lins / #OxeRecife