Já chegou ao Ministério Público de Pernambuco o primeiro questionamento quanto à intervenção, ou melhor, à destruição da pista de skate do Parque Santana, na Zona Norte do Recife. O arranca-arranca começou hoje de manhã, com retirada das placas de concreto daquele equipamento, um dos mais elogiados pelos adeptos do esporte no Recife. Embora esteja em bom estado, a Prefeitura informa que vai investir R$ 600 mil, para implantação de uma nova, “mais democrática” que a atual.
Segundo os especialistas, a pista é a única do Recife com características para a prática de surf skate. Eles defendem que ao invés da destruição, a Prefeitura deveria optar pela construção de uma segunda, em outro local, podendo ser no próprio Parque Santana. A representação no MPPE, tem número de protocolo 48559052018-5. E é assinada pelo Vicente Simoni, praticante do esporte. “Hoje, 16/05/2018, foi iniciada obra de reconstrução da pista de skate do Parque Santana (bairro de Santana, Recife), sem consulta aos usuários da pista”, acusa o engenheiro. Veja o vídeo de Felipe Cadena, no qual a qualidade da pista é ressaltada e em que é externado o temor de mudanças na pista do Santana.
Simoni questiona o valor do serviço e até a empresa escolhida. “A partir de informações públicas, observa-se que a obra está orçada em R$ 600 mil (dinheiro público), mas a empresa executora (USA Construção e Incorporação, criada em 2015), possui capital social de apenas R$78.800 e não possui grande experiência na construção de skateparks nem é referência nessa área”, acrescenta. Ele invoca a frequência do Santana: “Além disso, as máquinas começaram a destruir a pista sem qualquer isolamento de segurança prévio da área e quebrando inicialmente a parte interna da pista (bowl). Destaco, ainda, que a pista existente estava em boas condições de uso e era utilizada diariamente por dezenas de skatistas”.
Ele repete argumentação de outros skatistas, quanto à excelência da qualidade da pista do Santana, que “é referência para muitos praticantes da modalidade surfskate no Recife, sendo a única em termos de nível de prática e desenho no Nordeste”. E acrescenta: “Além do bowl, a pista existente conta com grande área no entorno para possíveis expansões e melhoras, o que torna desnecessária a destruição do desenho original snake e bowl. Ele pede que a obra “seja paralisada, até que os devidos esclarecimentos sejam prestados aos usuários da pista, à comunidade de skatistas do Santana e ao público em geral, usuário do parque”. Passei cedo, no Parque, e já era grande o número de placas de concreto arrancadas. E o número de protestos, também. Cá para nós, penso que os skatistas estão cobertos de razão. Para que destruir o que é bom e funciona? Diz a Prefeitura que a nova pista será “mais democrática”. Vejam o vídeo aqui postado com atenção.
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Texto e foto: Letícia Lins / #OxeRecife
Vídeo: Filipe Cadena/ Internet
Aloha
Tenho 59 anos,pai,avô e skate no sangue,vivenciei todo aquele tempo DogTow,onde essa nova geração do street deveriam saber mais do inicio da historia do skateboards,que teve origem do surf.Fui do tempo Surfline,Vortex,Hangtem,Bandeirante,Torlay,Costa Norte,RK,DM,Gordon Smith.Cara eu andava de skate como se tivesse surfando sempre foi assim,hoje o equipamento evoluiu mais a esencia é a mesma,a minha historia com o skate começou muito antes dessa galera que se diz skateboards,onde falam que o marco do skate foi nos correios(anos80),a minha historia foi muito antes.Fico triste e ao mesmo tempo revoltado com essa politica nojenta atraz de votos.