“Quem vai salvar o rio?”

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Está uma graça, o livro Quem vai salvar o rio? Ele está sendo utilizado como ponto de partida para discussão em quase todas as atividades educativas, programadas para a Semana da Água pela Agência Estadual do Meio Ambiente (Cprh). Sobretudo para o cuidado que devemos ter com os nossos rios. Fartamente ilustrada, a publicação mostra em rimas –  e de forma lúdica – o sofrimento de um peixinho e o seu esforço para sobreviver, em meio a águas tão poluídas.

Aliás, o nosso herói foi o único que ficou.  Todos os outros foram tragados pela poluição. “Pedia socorro, o único peixe que restou. Fazia um apelo, estava em desespero aquele valente, que da morte escapou”. E tentava, a duras penas, um socorro, qualquer um que viesse: “Insistia o peixe solitário com olhos arregalados, esperando algum voluntário”. Diante de águas tão imundas, os outros animais ficam “inseguros” para ajudar. Foi o caso do sabiá. E também do tamanduá, que “se desculpou” por não poder ajudar. “Não sabia o que fazer, disse que pediria um milagre aos céus, e começou a se benzer’.

De forma lúdica,  livro convida a garotada para uma reflexão sobre a importância da água, um bem finito.

O macaco também não ajudou. “Nessa água suja eu não me meto”. E o menino, que “ali sempre ia, ficou muito triste com a situação. Vestiu a camisa e voltou para casa: o rio não era mais sua diversão”.  Pena que o livro não é encontrado nas livrarias, e a edição teve só 500 exemplares que, aliás, estão sendo distribuídos em ações educativas. Ilustrações e projeto gráfico  são de Hugo Medeiros. O texto é de Francicleide Palhano, funcionária da Cprh.

“O livro é uma ficção, que chama a atenção para as responsabilidades dos diferentes atores sociais para os cuidados com a água”, diz Franci. “A publicação pretende motivar a reflexão sobre como devemos reagir frente ao problema que provoca indignação: a poluição das águas, um bem finito que garante a vida no Planeta Terra”. E acrescenta: “Na história, o único peixe que sobrou no rio, que vai ficando poluído à medida que as páginas vão sendo passadas, pergunta aos animais  que estão às margens em curso, quem vai salvar o rio”. Ela mostra, no livro, o quanto custa a indiferença. “As respostas são diversas. Todos ficam indignados com a situação do rio, mas ninguém se propõe a lutar por ele. A chuva não esperada “lava” a sujeira do rio que, embora feliz com o banho, continua com a vida por um triz”. Como o Capibaribe.

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Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Fotos: Letícia Lins e Franci Palhano/ Cprh/ Divulgação

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One comment

  1. Obrigada Letícia Lins, por divulgar este grito de socorro dos nossos rios, riachos, mares, e dos animais que têm ali seu habitat.
    Obrigada Franci Palhano, pela iniciativa de escrever, escrever, sempre com mensagens educativas na intenção de formar um mundo melhor.
    Ainda não li o livro mas você nos passou informações que já deu para sentirmos que é uma bela obra.
    Parabéns Franci Palhano você transmite sentimentos de amor e responsabilidade pela sobrevivência do nosso planeta Terra, tão castigado por nossa lerdeza em abraçar esta causa.
    Muito bom que uma Editora se interessasse em por este livro no mercado, mais crianças iriam conhecê-lo e quem sabe, teríamos em um futuro próximo, adultos mais consciente da necessidade de Preservação.

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