Será que dá jeito? Em todo caso, vale a tentativa de sacudir a Rua da Imperatriz que, a exemplo de boa parte do Centro do Recife, encontra-se em processo gradativo de degradação e esvaziamento, ao ponto de estar com cerca de 40 lojas fechadas. E de ficar deserta até durante o horário comercial. Mas, pelo menos nesse sábado (28/9), aquela que foi uma das mais importantes e charmosas vias comerciais da cidade estará bem movimentada.
É que entre as 13h e as 20h, acontece ali a Feira Imperatriz das Artes, que deverá atrair pernambucanos e turistas. O evento contará com a participação de cem expositores distribuídos em barracas, reunindo produtos diversos: peças de artesanato, artes plásticas, moda, beleza, design. As cervejarias locais e artesanais também integram a Feira, que contará, ainda, com shows musicais e folclóricos. O acesso é gratuito e haverá programação dedicada ao público infantil. Também são ofertados tradutores de Libras, além de uma área especial, ao lado do palco, para pessoas com deficiência (PcD’s). Tomara que eventos como a Feira Imperatriz das Artes contribuam para dinamizar o esvaziado centro do Recife, inclusive aquela que foi uma das mais movimentadas vias da cidade, com comércio que atraía pessoas de todas as classes sociais, até o início dos anos 1970.
Hoje, infelizmente a Imperatriz é o retrato da desolação. Os comerciantes tentam atrair clientes para as lojas com “propagandistas” no meio da rua, aos berros. Oferecem produtos como óculos, consultas médicas, tratamento dentário, confecções populares, refeições, importados baratos e até mesmo distribuem folhetos ofertando empréstimos ilegais de dinheiro.
“Organizamos a Feira de Artes para que os recifenses possam redescobrir e se reconectar com o coração da cidade. A Rua da Imperatriz é um retrato do que o Recife foi e deixou de ser: um centro comercial muito efervescente. Pensando nisso, tivemos a ideia de fazer o evento para dar vida novamente para essa rua que é tão linda e repleta de casarões históricos, mas que perdeu o seu glamour”, explica Milena Gomes, coordenadora geral da Feira.
Entre os principais atrativos da Feira está a programação musical. Entre grupos e artistas que se apresentam, encontram-se: a dupla Poli e Amanda Ganimo, da Várzea. Os dois abrem o evento com muito samba. Em seguida, é a vez do Coco de Roda Raízes de Arcoverde, que representa o Sertão. O município de Arcoverde fica a 250 quilômetros do Recife. O grupo vem disposto a levantar a poeira da capital.
Depois, chegam o jornalista Renato L e o mangueboy Fred Zeroquatro, com o projeto “Assembleia do Caos”, quando a dupla fará discotecagem conjunta, com seleção com manguebat, Jorge Benjor e BaianaSystem, Mundo Livre e Juçara Marçal, entre outros. Logo após, a Banda DizMaia, que traz releituras do repertório de Tim Maia e composições autorais. E a programação musical não termina aí: Entra em cena a Reagente Joaquim, que vem circulando pelos palcos do Recife com forró pé-de-serra, xote e outros ritmos regionais. A Feira Imperatriz das Artes é realizada através do edital Multilinguagens Recife Criativo – Lei Paulo Gustavo da Fundação de Cultura Cidade do Recife (FCCR), da Prefeitura do Recife.
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SERVIÇO:
Feira Imperatriz das Artes
Quando: 28 de setembro (sábado)
Horário: das 13h às 20h
Onde: Rua da Imperatriz, Bairro da Boa Vista, Centro do Recife
Entrada: Gratuita
Instagram: @feiraimperatrizdasartes
Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Fotos: Agência JC Mazella / Divulgação
