Proteja seu pet na noite da virada

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Cuide bem do seu pet na virada do ano. Cães e gatos são muito mais sensíveis ao barulho do que os humanos. Os totós, por exemplo, percebem o som em distância quatro vezes maior do que seus tutores. E no caso dos felinos, a sensibilidade é espantosamente mais intensa. Então, imaginem o sofrimento dos bichinhos na noite do dia 31 de dezembro.

No Recife, foi desenvolvido um esforço para o impacto dos fogos na madrugada do 1 de janeiro ser menor do que no ano passado. Mas a redução máxima que se conseguiu foi de 30 por cento nos estampidos, nas 21 toneladas de fogos, que pipocarão a partir de três balsas devidamente posicionadas no mar, em Boa Viagem, Zona Sul do Recife. Para os bichinhos,  o tempo previsto no show pirotécnico parecerá interminável (quinze minutos).

Então, teremos que poupar os ouvidos de cães e gatinhos. Os humanos têm faixa de vibração auditiva entre 10 e 20.000 hertz (unidade que mede a frequência e as vibrações do som,). Já no cão, ela vai de 10 a 40.000 herts.  “A audição felina pode alcançar faixas ultrassônicas de até 1.000.000 Hz (hertz)”, adverte Nathália Melo, do Centro Veterinário Seres da Petz,  uma clínica top que funciona em São Paulo..

“Uma explosão próxima ao pet pode causar o rompimento dos tímpanos e perda auditiva. O estresse a que o animal é submetido pode provocar tremores, taquicardia, vocalização com choros e latidos e, em casos extremos, convulsões, paradas cardiorrespiratórias e morte” informa, lembrando que o estouro dos fogos e rojões amedronta e desorienta os animais. Para fugir do barulho, eles tentam se esconder e correm desorientados, batendo em portões, grades, pulando janelas, atravessando ruas e avenidas. E muitas vezes, sofrem acidentes. Veja, no serviço abaixo, as orientações da profissional, para que seu pet não sofra tanto hoje à noite.

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Serviço:
Siga as dicas da especialista para poupar seus pets na virada do ano:
1-Diminuir a percepção do barulho, colocando algodão nos ouvidos. Alguns pets toleram bem os chumaços de algodão que abafam o som dos rojões e fogos com estouros. Mas vale lembrar que o algodão deve ser colocado com cuidado e retirado imediatamente após a diminuição do barulho.
2- Cães e gatos costumam se esconder nesses momentos de medo, por isso é importante deixá-los livres das coleiras (em alguns casos eles podem ficar rodando em círculos com riscos de enforcamento).
3-O ideal é agir de forma natural, brincar com o pet, entretê-lo com seu brinquedo favorito, fazer festa, como se nada estivesse acontecendo.
4- Não deixe o animal perto de janelas abertas, piscinas e portões.
5- Prefira abrigar o pet em local fechado e silencioso (por exemplo: um quarto). Isso pode ajudá-lo a se sentir mais protegido.
6- Alguns animais preferem buscar proteção se escondendo embaixo de móveis. Deixe o pet se ajeitar da melhor maneira para ele. Não force situações desconfortáveis.
7- No caso dos gatos é comum que sumam da vista dos donos. Se o ambiente for seguro, com redes nas janelas e portões fechados, evite ficar chamando para não estressá-lo mais.
8-Não é recomendado deixá-los sozinhos nesta época. Em caso de viagens, deixe-os com parentes, vizinhos ou em hotéis especializados.
9- Durante a convivência com o animal, tente acostumá-lo a ouvir sons altos, associando o barulho a petiscos, para que ele assimile no ruído uma sensação positiva.
10-No mercado existem florais que podem auxiliar bastante nestas ocasiões. Converse com o médico veterinário para prescrição. Evite a automedicação.
11– Para auxiliar no bem estar e conforto nestas situações, os análagos de hormônios maternos proporcionam sensação de aconchego e segurança ao pet. Lembrando que estes produtos, assim como os fitoterápicos, devem ser usados em um período prévio a eventos que tenham fogos para melhor adaptação.
12- Cães e gatos que já tenham histórico de doença cardíaca devem ter cuidados especiais nessas situações. É importante que o dono converse com o veterinário.
13-Caso o animal apresente qualquer tipo de alteração ou acabe se machucando de alguma forma, ele deve ser levado imediatamente a um veterinário para ser avaliado.

Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Foto: Alexandre Albuquerque / Cortesia

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