Muito bacana o projeto “Viagens no Tempo”, que até 30 de maio terá levado 20 turmas de crianças matriculadas em escolas públicas de Juazeiro (BA), a visitas guiadas no Museu Regional do São Francisco. As visitas ocorrem nas manhãs dos dias úteis e, nelas, a meninada se aproxima da história da região, de forma lúdica e interativa. Na verdade, o ação é um convite para valorizar e preservar a memória coletiva da cidade, o que é bom. E deve ser feito em todas as cidades do interior e também nas capitais.
O Projeto pretende, portanto, tornar as crianças mais conscientes a respeito de sua identidade cultural e do seu papel na preservação do patrimônio histórico da cidade. Quem conhece, preserva, não é? Durante a programação, os pequenos são convidados a embarcar em uma verdadeira viagem pelo tempo. Conhecem formação de Juazeiro, o modo de viver dos seus antepassados, as embarcações e suas lendas, e o papel do rio São Francisco na região.
Um dos pontos altos da visita são as carrancas, esculturas tradicionais que os fascinam. “Gostei das carrancas, achei assustadoras, mas gostei de saber a história e a importância delas”, diz Maria Isadora Alencar, sete anos, aluna da Fundação Lar Feliz. O coordenador de mediação cultural do projeto, Adriano Alves, destaca que esta é a primeira edição realizada em um cenário pós-pandêmico —sem o uso de máscaras—, o que permite uma interação mais próxima das crianças.
“Durante a visitação, temos vários momentos pensados para que seja uma experiência afetiva. A visita começa com uma contação de histórias. Em seguida, dois mediadores se dividem com turmas para fazer a visita pelos espaços do museu, levando as crianças com seus barquinhos a navegarem por toda essa história”, explica ele. O projeto foi contemplado nos Editais da Paulo Gustavo Bahia e tem apoio financeiro do Governo do Estado da Bahia através da Secretaria de Cultura via Lei Paulo Gustavo, direcionada pelo Ministério da Cultura, Governo Federal. Na segunda à tarde, estive no Cinema do Museu para assistir “Betânia”. Achei legal que havia uma turma de colegiais nas poltronas. Atividade da escola.
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Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Fotos: Agência Chocalho e Acervo #OxeRecife