Com 31 mil hectares – e se estendendo por oito municípios da Região Metropolitana, a Área de Proteção Ambiental (APA – Aldeia-Beberibe) pode ser a primeira de Pernambuco a contar com corredor ecológico, o que renderia benefícios para o Recife, Paulista, Abreu e Lima, Camaragibe, São Lourenço da Mata, Paudalho, Igarassu, Araçoiaba. O processo de discussão para a sua implantação está acontecendo de hoje até sexta-feira, reunindo representantes de associações, comunidade acadêmica, órgãos públicos, agentes ambientais, proprietários rurais e Conselho Gestor da APA, entre outros setores, segundo informa a Agência Estadual do Meio Ambiente (Cprh)
Para os que não sabem, corredores ecológicos são áreas que unem fragmentos florestais ou unidades de conservação, separadas por influência do homem (por como estradas, agricultura, atividade madeireira, conjuntos habitacionais, etc) . O objetivo da implantação dos corredores é justamente reduzir os danos e permitir a regeneração da natureza, seja através do livre deslocamento de animais, da dispersão de sementes, ou do aumento da cobertura vegetal. O primeiro encontro dessa fase de discussões está sendo realizado, nessa segunda, no auditório da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas). O ciclo se encerra na sexta, com reunião em Aldeia.
O projeto do Governo de Pernambuco para a implantação do Corredor Ecológico da APA Aldeia-Beberibe está sendo desenvolvido pela NBL Engenharia Ambiental, vencedora de processo licitatório do Programa de Sustentabilidade Hídrica de Pernambuco (PSHPE). E a regulamentação é feita a partir do Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC) e do Sistema Estadual de Unidades de Conservação (SEUC). Nas oficinas, ao longo da próxima semana, serão discutidos os planos de ação propostos para a implantação. A recomendação de criação de uma Zona de Corredor Ecológico na APA Aldeia-Beberibe foi feita a partir do levantamento de dados da vegetação, de uso e ocupação do solo e de dados socioeconômicos da região. A APA Aldeia-Beberibe é uma UC de uso sustentável, tendo importante papel para preservação da Mata Atlântica no Estado. E da Mata, todos nós precisamos. Até porque ela é, hoje, uma espécie de pulmão do Grande Recife.
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Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Foto: Cprh/ Divulgação