Eles dormem tanto (até 14 horas por dia) e têm gestos tão lentos, que são chamados de preguiça. Ou melhor, bicho-preguiça. Apesar da vagareza dos seus gestos, o animal é um grande escalador. Um escalador tão bom quanto os macacos. Só que enquanto estes pulam de galho em galho, o bicho preguiça faz a mesma coisa sem pressa nenhuma. Mas que é hábil lá pelas alturas, ah, ele é. Nesta semana, um indivíduo adulto da espécie Bradypurus variegatus foi resgatado de uma torre de alta tensão da Companhia Energética de Pernambuco (Celpe).
O resgate do animal mobilizou técnicos da Celpe e da Agência Estadual de Meio Ambiente (Cprh). Uma operação lá nas alturas, e que não foi a primeira do tipo com bicho dessa espécie. O incidente foi à margem da BR 232, no bairro do Curado, Zona Oeste do Recife. Após ser retirado da torre de alta tensão, o animal foi encaminhado ao Centro de Triagem de Animais Silvestre de Pernambuco (Cetas Tangara), unidade da Cprh, onde recebeu cuidados dos veterinários.
A chefe do setor de Fiscalização da Fauna, Joice Brito, que participou da ação de resgate, explicou que o animal não recebeu descarga elétrica e também não sofreu queimaduras porque a Celpe havia desligado o sistema para realizar serviços de manutenção na rede. Ainda bem. Até porque o bicho-preguiça tem função importante natureza, ajudando a disseminar espécies vegetais nas florestas.
De acordo com o gestor do Cetas, Yuri Valença, o bicho preguiça chegou ao Cetas muito debilitado e com problemas respiratórios. Ele não sofreu choque elétrico, mas tem problemas respiratórios sérios e já foi medicado pelos veterinários, informou. Vamos torcer para que o bichinho se recupere e volte para as matas e a cometer outras traquinagens. Na foto, já recolhido, parece até que está com vergonha da trela e da trabalheira que deu…
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Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Fotos: Cprh / Divulgação
