Olhem só a foto acima. Pode, um negócio desse? Distanciamento zero, aglomeração, festa. Festa privada, aliás, não está proibido no Recife, apesar da pandemia e da alta transmissibilidade da variante Ômicron, que fez Pernambuco bater recorde de novos casos diários, como ocorreu no último sábado, quando a Secretaria Estadual de Saúde notificou 6.581 pessoas com a Covid-19. Foi o maior número de registros em 24 horas, desde o início da pandemia.
Em outros locais – como Olinda e bairro da Boa Vista (no Recife) – houve aglomerações no meio da rua, com muita gente bebendo, cantando e brincando sem usar máscaras. Em Olinda, a “festa” acabou com a chegada da Polícia Militar. Na Avenida Manoel Borba, a balbúrdia é a mesma de tempos normais. Ali perto do Bar Conchita e do Metrópole. No Clube Português, a festa acabou. Ação conjunta do Procon/ PE, Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa), PM e Corpo de Bombeiros acabou com o evento no domingo, 31. Foi o jeito. “No clube, a fiscalização constatou diversas irregularidades, como: muitas pessoas circulando sem máscara, aglomeração, nenhum distanciamento social próximo ao palco, ausência de solicitação de exame de antígeno para a Covid-19 e da exigência da carteira de vacinação completa”. Ou seja, a turma está brincando. A produção do evento foi autuada pelo Procon, o show foi interrompido e as pessoas dispersadas do local. O Órgão de Defesa do Consumidor vai aplicar uma multa aos responsáveis pela produção. O valor varia de R$ 1.050,00 a aproximadamente R$ 10 milhões de reais. A produção do show tem um prazo de dez dias para dar esclarecimentos.
É. Pode ser que quando começar a a doer no bolso, a turma tome jeito. Outra coisa: Nas redes sociais, não são poucas as postagens de festas, com as pessoas se divertindo sem máscara. Uma das que chamou a atenção foi uma em que aparece um rapaz, sem máscara, dançando sobre a mesa de uma DJ, também desprotegida. Embora as festas sejam permitidas para público de até 3 mil pessoas, o uso de máscaras não está liberado. Tem que usar. Só tira na hora de beber e de comer. Depois, coloca de novo. Mas para muita gente, as regras não precisam ser cumpridas. Um péssimo exemplo, não é?
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Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Fotos: Divulgação/Procon PE