População na defesa dos caranguejos

Muito disputado em restaurantes de todo o Litoral – e alvo constante de pesca predatória – o caranguejo pode ficar em risco, se nenhuma providência for tomada. Para evitar que ocorra com ele a mesma situação do guaiamum (que está ameaçado de extinção) e garantir a preservação da espécie, portaria do governo proíbe a captura dos uçás em três períodos de 2018. A proibição ocorre durante as fases de lua nova e cheia, quando acontece a andada, período em que ficam mais vulneráveis.

A andada é a época em que machos e fêmeas deixam a toca, justamente para acasalar. Por esse motivo, portaria do governo proíbe a captura em janeiro (de 2 a 7 e de 17 a 22), fevereiro (1 a 6 e 16 a 21) e em março (2 a 7 e 18 a 23). A proibição é válida para os estados de Maranhão, Piauí, Pará, Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Paraíba, Alagoas e Sergipe.

A último período de proibição se encerrou a 21 de fevereiro. Mesmo assim, fiscais da Agência Estadual do Meio Ambiente (Cprh) estiveram há dias no Litoral Sul, para conscientizar pescadores, moradores e veranistas quanto à importância do respeito aos prazos de proibição. Eles foram à Área de Proteção Ambiental (APA) de Guadalupe para explicar o período de defeso e a importância de evitar-se capturas de fêmeas.

Ainda no período de reprodução – a andada – caranguejos-uçá  estão aparecendo  em quantidade e chamando a atenção de muita gente em Barra de Sirinhaém. Durante aquela ação, os agentes ambientais terminaram ganhando o reforço de muitos moradores. Eles ajudaram no trabalho de conscientização. Um deles cedeu uma caixa d água de fibra para ajudar no recolhimento dos caranguejos. Aproximadamente 500 foram recolhidos e soltos em área de mangue, logo após a atividade.

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Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Foto: Cprh/ Divulgação

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