Placas de bronze do Arquivo Público de Pernambuco são roubadas. Virou rotina

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O Recife não toma jeito. Aliás, os vândalos da cidade não tomam jeito. E os órgãos públicos, parecem que também não. Até o momento não se criou um sistema eficiente de monitoramento de nossas ruas, que impeça a ação de marginais que vêm dilapidando o nosso patrimônio cultural. Depois de levarem quase todo o Parque de Esculturas de Francisco Brennand – 64 das 79 peças – agora não poupam mais nada. Estátuas e placas de bronze ou cobre,  lampiões de ferro fundido (os poucos que restam) estão sumindo das pontes, das ruas, praças, de prédios históricos.

No último domingo, percorremos as ruas do Centro do Recife com o Grupo Bora Preservar, e observamos o sumiço de muitas peças. Algumas, não convém nem aqui repetir, porque já foram alvos de postagens no #OxeRecife, que deram por falta de várias peças como: a estátua do Mascate (Av Dantas Barreto), o busto de Frei Caneca (próximo ao Forte das Cinco Pontas), a placa de bronze da Ponte Maurício de Nassau (entre Santo Antônio e o Bairro do Recife), a placa de bronze da Praça da Restauração, o pálio do monumento ao Maracatu (de Abelardo da Hora, no bairro de São José). Só para citar apenas alguns.

Agora, a vítima mais recente dos ladrões foi o Arquivo Público de Pernambuco, localizado na Rua do Imperador. Inaugurado em 1732, o prédio funcionou como Casa da Câmara até 1824, quando o poder legislativo mudou de endereço. A partir daí, transformou-se em Cadeia Pública até 1855. Foi nele que ficou preso Frei Caneca, (herói da Revolução Pernambucana de 1817), por sua participação na Confederação do Equador, pela qual foi condenado à morte. Tombado, o edifício tem, portanto, muita história, além de ser o guardião de nossa memória, através de documentos importantes para pesquisadores, historiadores, estudiosos.  Acontece que o que observamos no domingo é que as duas placas que ficam aos lados da porta central do Arquivo Público Jordão Emerenciano, na Rua do imperador, simplesmente desapareceram.

Alguém sabe quem e para que levou? Será que a polícia foi avisada?

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Texto e foto: Letícia Lins / #OxeRecife

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