Pintor ameaçado salvo por Edivânia

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Ponto para Edivânia Bezerra do Nascimento e o noivo Bernardo Silva, residentes no município de Gravatá, Agreste de Pernambuco. Há três meses, a técnica em zootecnia achou uma ave de apenas treze centímetros, com as penas das asas cortadas e fratura na cauda. O passarinho foi encontrado no quintal da casa de sua irmã, naquela cidade, localizada a 80 quilômetros do Recife. Ela resgatou o bichinho, e começou a tratar dele com o maior carinho.

Como o animal não se recuperou logo, ela o levou a um veterinário da cidade. Ao chegar lá, descobriu tratar-se de um pintor verdadeiro (Tangara fastuosa), espécie ameaçada de extinção. Ela então viajou ao Recife com o namorado, e fez a entrega do animal na Agência Estadual do Meio Ambiente (Cprh), na última terça-feira. Decidiu então fazer a entrega voluntária à Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH), o que foi concretizado no final da tarde da  última terça-feira.

Edivânia e o noivo Bernardo Silva  vieram ao Recife, para entregar um pintor verdadeiro à Cprh: ave ameaçada de extinção.

À Cprh, ela informou que chegou a receber proposta para compra do pássaro, que tem uma plumagem incomum, com sete cores, muito vivas, e tem alto valor de mercado e é disputada por traficantes de animais silvestres. Ela rejeitou a proposta de compra. “Já cuidei de outros pássaros que encontro machucados, mas sempre para soltá-los depois”, disse. Ao achar o pássaro, ela notou que ele estava sem condições de voar, só saltitava, em razão do corte das penas. Maldade praticada por alguém, com certeza, para a ave não chegar longe.

Foi então que Edvânia tomou a iniciativa de cuidar da ave até  que recuperasse as condições de voar,depois de orientação do veterinário. Na manhã de ontem, ele foi encaminhado ao Centro de Triagem de Animais Silvestres de Pernambuco (Cetas Tangara), da CPRH, onde passará por avaliação e um período de reabilitação, antes de ser devolvido à natureza. Aliás, o nome Cetas Tangara  é uma homenagem à espécie, com ocorrência apenas em fragmentos da Mata Atlântica de quatro Estados: Alagoas, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte.  Edivânia é quem, é gente.

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Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Foto: Jonathas Brito / Divulgação / Cprh

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