Vejam só que coisa mais fofa. Este bebê de tamanduá-mirim, também conhecido como tamanduá-colete (Tamandua tetradactyla) desgarrou-se da mãe, durante um passeio noturno, pela caatinga de Custódia, a 336 quilômetros do Recife. Assustada com latidos dos cães, a mãe disparou pelo meio do mato. Correndo do perigo, terminou esquecendo o filhote, na área rural daquele município, no Sertão do Moxotó de Pernambuco.
Felizmente, sempre tem uma alma boa de plantão. Pois uma família resgatou o bichinho e cuidou dele. O mamífero tinha pequenos ferimentos nas patas, e foi encontrado sozinho, segundo relato das pessoas que fizeram a entrega voluntária no Centro de Triagem de Animais Silvestres de Pernambuco, o Cetas Tangara. No mundo há quatro espécies de tamanduá, três das quais ocorrem no Brasil. O filhote mede um pouco mais de 30 centímetros.
O animal está sob os cuidados dos dedicados profissionais do Cetas, que fica no bairro da Guabiraba, no Recife. Ao chegar, o bebê foi presenteado pela equipe do Cetas com um animal de pelúcia. E – como uma criança – não se separou mais do brinquedinho, que terminou virando uma espécie de companhia. O Cetas pertence à Agência Estadual do Meio Ambiente (Cprh) e é o órgão legalmente responsável pela recepção, triagem, monitoramento, assistência e preparação para o retorno de animais silvestres à natureza.
Gestor do Cetas, Yuri Marinho explicou que o uso de animais de pelúcia, em casos como este, “ajuda os filhotes a superar a perda da mãe”. De acordo com Marinho, em cada gestação nasce apenas um filhote e a separação entre mãe e filhote ocorre, geralmente, após um ano de cuidados maternos. A espécie é protegida por lei e tem grande importância no controle de populações de formigas e cupins, contribuindo para o equilíbrio ambiental. Portanto viva o tamanduá a quem o #OxeRecife deseja o retorno às matas, onde quando adulto desempenhará o seu papel na natureza.
Abaixo, alguns links sobre tamanduás e sobre outros animais que se desgarraram das mães
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Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Foto: Divulgação / CPRH