O #OxeRecife sempre está de olho na cidade. Nas árvores decepadas, nas praças sem manutenção, no lixo nas ruas e, também, nas calçadas. Mostra bons exemplos – como a implantada pela Universidade Federal Rural de Pernambuco – mas também os maus.
Há aquelas que possuem tantos buracos, que não oferecem a menor segurança. Eu mesma esse ano quebrei a fíbula, ao torcer o pé em uma depressão de uma calçada, no bairro de Casa Forte. Precisei passar cinco semanas com o pé imobilizado e depois, ainda tive que fazer fisioterapia. Criei até uma série aqui no Blog chamada Depois daquele tombo.

Muitas pessoas me relataram tombos feios, pés quebrados, até dedo da mão, por conta de queda nas nossas calçadas. Uma colega, Juliana Cavalcanti, quebrou o dedo mínimo, depois de cair em uma calçada, também em Casa Forte. A educadora Ivana Cavalcanti caiu por conta de um buraco em calçada da Avenida Conde da Boa Vista e precisou até de cirurgia. Foi mais de um mês em cadeira de rodas, proibida de botar o pé no chão por ordem médica.
Como se não bastassem os buracos, há algumas que não oferecem espaço para os pedestres. Como essa da Avenida Dezessete de Agosto, onde estive na manhã de hoje, para fazer uma compra na conveniência da Lojas Americanas, que fica naquela via. Vejam a situação (foto superior), as pessoas precisam passar do meio fio, andar pelo asfalto, porque falta espaço para o pedestre. Pode-se até alegar que o casarão é antigo, que não teria avançado, porque o traçado da rua poderia ser diferente no passado. Mas o que dizer da praia de Boa Viagem, onde é muito comum se observar edifícios que também avançam pelo espaço público? E nem são antigos como o imóvel de Casa Forte. Omissão do poder público?
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Depois daquele tombo
Depois daquele tombo (1)
Depois daquele tombo (2)
Depois daquele tombo (3)
Depois daquele tombo (4)
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Texto e foto: Letícia Lins / #OxeRecife