Ave Maria. As manchas de óleo que atingiram o Nordeste no ano passado – naquele que foi considerado o maior desastre ambiental do Litoral da região – não sumiram por completo. Infelizmente. Ainda há fragmentos do petróleo derramado em rochas e recifes de corais na praia de Itapuama, no município de Cabo de Santo Agostinho. Também restam resíduos no mar.
A constatação é do Secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade de Pernambuco, José Bertotti, após vistoria realizada no Litoral Sul, juntamente com assessores e autoridades do município. Itapuama foi uma das praias mais atingidas em pelo desastre ambiental no Estado, onde 48 outras, oito estuários e treze municípios municípios foram prejudicados. O Cabo fica a 41 quilômetros do Recife.
Devido ao problema, Bertotti vai solicitar a continuação de limpeza. “É necessário um trabalho de remoção minucioso, a ser realizado por uma equipe técnica especializada, cujo serviço deve ser contratado, de acordo com Plano Nacional de Contingência para Incidentes de Poluição por Óleo (PNC ) pelo poluidor, ou pelo Governo Federal, na ausência de identificação do responsável pelo crime ambiental”, afirma. Isso, pelo menos, é o que estabelece a legislação.
Em janeiro, três outras áreas foram dadas como concluídas no processo de limpeza: Cupe (Ipojuca), no Litoral Sul; e Atapuz (Goiana) e Janga (Paulista), no Litoral Norte. “Todas elas foram consideradas pontos de término, de acordo com o documento Orientações Técnicas: Vistoria de acompanhamento e limpeza do litoral, do Ibama”, informa a Semas. Um lembrete: Mesmo havendo pontos considerados limpos na maioria das praias de Pernambuco, de acordo com o PNC, a população tem um canal direto com a Marinha do Brasil, através do número 185, para informar sobre novas ocorrências de manchas de óleo na praia, além do aparecimento de fauna oleada. Portanto, todo mundo de olho!
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Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Fotos: Lu Rocha / Divulgação/ Semas PE
