Partituras, prêmios e “aulas” para jovens

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Às voltas com violinos, violas, violoncelos, contrabaixos, flautas, oboés, clarinetes, fagotes, trompas, trompetes, trombones, tubas entre outros instrumentos e com a regência para 85 integrantes da Orquestra Sinfônica do Recife, o Maestro Marlos Nobre arranjou um meio especial de comemorar os 88 anos daquela que é a mais antiga sinfônica do Brasil em atividade contínua. Ou seja, em ação ininterrupta. Vai brindar o público no concerto da quarta-feira (18) com uma peça de sua autoria, Opus 124, que resulta de suas andanças como músico.

Assim, a peça – de abertura festiva – reúne samba (RJ), maracatu (PE), carimbó (PA), prenda minha (RS), entre outros ritmos desse país tão continental chamado Brasil. E também presenteará o público com a Sinfonia Número 7, de Beethoven, que o músico alemão compôs quando enfrentava o estado avançado de surdez. Além de reger a OSR, Marlos Nobre criou o projeto Concertos para a Juventude, através do qual ele tenta despertar em crianças e adolescentes o gosto pela música clássica. O que é muito bom. Recentemente vi uma reportagem sobre iniciativa semelhante, no Rio de Janeiro, e as crianças ficaram emocionadas com o que ouviram e sentiram no Teatro Municipal daquela cidade que está para o Rio, como o Santa Isabel para o Recife.

É no Santa Isabel, aliás, que Marlos Nobre faz os concertos para a juventude, uma vez por mês, às terças, pela manhã. Como ocorreu ontem. No dia seguinte, à noite, o “brinde” é para adultos, como ocorrerá logo mais, às 20h desse dia 18, quando a OSR se apresenta, também, no Santa Isabel. (A apresentação é gratuita, e é preciso chegar uma hora antes para retirada de ingressos, na bilheteria do Teatro).  Marlos Nobre é respeitado no país e no exterior. Como compositor, ganhou seu  primeiro prêmio aos 21, no Concurso Música e Músicos do Brasil. Foi bolsista da Fundação Rockefeller. Depois, recebeu mais de 25 prêmios nacionais e internacionais. Ele tem mais de 240 obras em praticamente todos os gêneros musicais. Em 2013, foi condecorado com a Medalha do Mérito Cultural do Brasil, no grau de comendador. É regente da Orquestra Sinfônica do Recife em 2014. “Hoje, dirigindo a Orquestra Sinfônica do Recife, dedico a esta centenária orquestra o meu Opus 124”, declara o regente, para quem sua composição tem ritmo “alucinante”. Como “alucinante é, também, a Sétima Sinfonia de Beethoven, que foi tida como “música para loucos”, quando foi apresentada pela primeira vez, no século

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Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Foto: Andréa Rego Barros/ Divulgação/ PCR

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