Não tem jeito. Toda a sociedade e os órgãos oficiais têm mais é que lutar mesmo para evitar a derrubada de nossas florestas. Porque elas estão sendo sempre muito devastadas. E isso é péssimo, nesses tempos difíceis de mudanças climáticas. E todo mundo sabe que a Mata Atlântica é o bioma mais ameaçado do Brasil por se situar em faixa de grande concentração populacional e alvo da especulação imobiliária. Por esse motivo, todos os anos, o Ministério Público de Pernambuco deflagra a Operação Mata Atlântica em Pé, que em 2025 entrou em sua sétima edição. E encerrou-se com aplicação de R$ 1 milhão em multas por desmatamento. Bem feito, e quem acaba com as florestas tem mais é que ser punido mesmo.
Balanço divulgado neste final de semana pelo MPPE, indicou que a Operação esteve em 31 municípios, fiscalizando área equivalente a 661 campos de futebol. O objetivo foi identificar o desmatamento de vegetação nativa e responsabilizar infratores. O foco dessa atuação é identificar pontos de desmatamento da floresta nativa e responsabilizar os infratores, bem como viabilizar a recuperação das áreas degradadas. A coordenadora do Centro de Apoio Operacional de Defesa do Meio Ambiente do MPPE, Promotora de Justiça Belize Câmara, diz que além da aplicação de multa por órgãos ambientais, os infratores autuados também têm a obrigação de recuperar as áreas desmatadas. Terão que plantar árvores. Quem usou cometeu arboricídio, vai ter que ralar, para compensar o que matou. A promotora disse, ainda, que 14 toneladas de madeira foram apreendidos, assim como 58 animais silvestres mantidos em condições irregulares (foto vertical).
Até armas foram apreendidas. “Neste ano, vistoriamos 31 municípios e uma área total equivalente a 661 campos de futebol. Durante os trabalhos de campo, houve a apreensão de 14 toneladas de madeira; e foram apreendidos 58 animais silvestres mantidos em condições irregulares”, disse. A maior parte da cobertura vegetal foi derrubada para o plantio de capim para criação de gado, como explicou o analista ambiental do Ibama Amaro Fernandes. Essa prática gera danos ambientais que se relacionam às mudanças climáticas.
Coordenada pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE) a operação contou com o apoio operacional da Agência Estadual de Meio Ambiente, CPRH; Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, Ibama; e Polícias Civil, por meio da Delegacia de Polícia do Meio Ambiente (Depoma), e Militar, através do Batalhão de Policiamento Ambiental (BPA). Os órgãos disponibilizaram pessoal, equipamento, apoio logístico e de segurança para os trabalhos, que foram realizados entre os dias 15 e 19 de setembro. O resultado, no entanto, só foi divulgado no final de semana.

Nos links abaixo, veja registros de vítimas de arboricidios e da motosserra insana fora do Recife.
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Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Fotos: MPPE / Divulgação
