Parem de derrubar árvores: cena lembra o Recife, mas é nos Jardins, SP

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Como eu digo sempre, meu coração parece sangrar a cada árvore derrubada, principalmente no Recife, onde resido, que infelizmente vem se transformando na capital nacional do arboricídio, onde há um tronco degolado em cada rua, em cada esquina ou cada bairro. No entanto, os registros aqui nesse espaço, dentro da série #paremdederrubarárvores podem ser também de outras cidades e até de outros estados. Algumas, colhi em viagens. Outras, são leitores de outras regiões que enviam, como o flagrante da foto acima, colhido por uma amiga.

Da mesma forma que registro baixas, também sempre abro espaços para iniciativas de plantio, que podem ser tanto na Zona da Mata ou no Sertão de Pernambuco, quanto em qualquer outra região do Brasil, incluindo a Amazônia. Voltando à nossa vítima de arboricídio do dia, ela nos foi enviada pela grande amiga Geórgia Alves, que no momento reside em São Paulo. Ela fez a foto logo após a ação da motosserra insana, na Rua Chris Tronberg, que fica no sofisticado bairro dos Jardins, na capital paulista. Embora se afirme que há um cuidado maior com o patrimônio verde da Pauliceia do que no Recife, as árvores de lá também correm risco, pelo que se vê.

Pior: Lembram que em outubro do ano passado, as chuvas fortes levaram os bombeiros a 142 atendimentos por quedas de árvores? E que, segundo as autoridades, por conta delas a cidade ficou tantos dias e noites sem energia? O resultado é que o apagão lá registrado terminou transformando em vilãs, as inofensivas e cada vez mais necessárias árvores, nesses tempos de mudanças climáticas. . Ainda bem que os ambientalistas de lá rebateram e alegaram que a culpa pelo problema era do poder público que não faz a poda devida e eficiente. De acordo com levantamento feito junto aos órgãos responsáveis, pedidos de poda naquela cidade enfrentam baixa resolução (37 por cento). Nem tenho números do Recife a esse respeito. Em SP, os pedidos de erradicação (por medo de queda) ou poda estão em quinto lugar no ranking de solicitações encaminhadas ao setor competente. O fato é que a situação do patrimônio verde do também Recife deixa a desejar.

E em São Paulo parece não ser diferente. E tanto é assim que aquele coletivo circense “A Penca” montou um espetáculo de dança movido a lágrimas, diante das árvores derrubadas na capital paulista. No espetáculo “Viver com, morrer com”,  que já esteve em nossa cidade, as bailarinas interagem com pedaços de galhos e tocos que encontraram pelas ruas de Sampa. Na capital pernambucana, fico em dúvida. Será que em uma iniciativa dessa sobraria espaço amontoar as vítimas de arboricídio da capital pernambucana? Acredito que não, se fôssemos juntar os restos das árvores cujo sumiço da paisagem foi registrado aqui na cidade pelo #OxeRecife, onde fazemos triste inventário das que vemos tombar, diante da motosserra insana. Só, aqui, na série #paremdederrubarárvores, as baixas  somam 1.153, no Recife da emergência climática. “Somente”

Contra a destruição do verde urbano de São Paulo, coletivo “A Penca” leva restos de árvores mortas ao palco

Nos links abaixo, mais informações sobre árvores destruídas em áreas urbanas de várias cidade e sobre coletivo “A Penca”.

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Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Fotos: Geórgia Alves (SP) /Cortesia

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