Parem de derrubar árvores (491). Caule pelado e sem vida no Cais da Alfândega

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Isso é uma árvore? Não, é um pé de pau, como se costuma dizer no interior. Como se não bastasse a selva de concreto em que foi transformado o centro do Recife – e a grande quantidade de ruas sem um pontinho de verde sequer – a gente ainda vê cenas como esta aí da foto acima.

Como vocês podem observar, o pau é um caule sem copa. A gente não sabe se passou por poda radical ou se foi atingida por alguma praga. Mas a julgar pelo que está aí, a árvore morreu. Ninguém que transita pelo local soube informar o que aconteceu. Mas pela altura do tronco, era uma planta bem crescidinha e que merecia reposição. Aliás, o Recife da emergência climática merece que, a cada derrubada, pelo menos três sejam plantadas no lugar que ficou vazio.

Mas o que a gente vê é o contrário: o clarão que se forma após a sumiço da copa das árvores, um tronco degolado e um alegrete vazio. A reposição – pelo que observo – jamais é feita com a mesma velocidade da destruição do verde. Triste, isso. E ainda tem quem reclame do Hellcife, provocado pelas ilhas de calor, devido a tanta devastação urbana. O Recife Antigo é uma área turística, e essa calçada à beira do Rio Capibaribe bem que poderia ter um serviços de paisagismo melhor. No Recife, ou derruba-se ou se deixa morrer à míngua.

Nos links abaixo, confira mais perdas em cinco bairros da região central da cidade. Lembrando apenas que o levantamento não tem critério científico, nem regiões estabelecidas como amostragem. Os registros são feitos à medida que vou vendo as degolas nos meus caminhos, ou que chegam ao #OxeRecife por leitores indignados com a situação.

Texto e foto: Letícia Lins / #OxeRecife

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