Parem de derrubar árvores (472). Poda com risco para pedestre no Espinheiro

Compartilhe nas redes sociais…

O modelo de “arborização” ou de cuidar das árvores do Recife permanece dando o que falar. E a ação da motosserra insana, mais ainda. Como se não bastassem as perdas de árvores devido às fortes chuvas registradas nos últimos dias, as degolas são realizadas em vários pontos da cidade. E são tantas, que – às vezes – até me confundo na numeração das postagens da série #paremdederrubarárvores, aqui no #OxeRecife. Agora, algumas ações de corte se superam. Olhem só a foto acima. Esse pedaço de tronco ficou pendurado em um fio, o que coloca em risco a segurança das pessoas.

Ou oito ou oitenta. Enquanto as degolas ocorrem de norte a sul, de leste a oeste, há gente – como é o meu caso – que solicita podas que nunca acontecem. Na minha rua, por exemplo, há necessidade de cortes sensatos e sustentáveis, em uma acácia e em dois pés de pau-brasil, que foram solicitadas em agosto de 2024. Acreditem, até hoje estou à espera. No início do ano, naquele temporal, caiu um galho imenso na minha casa, solicitei remoção à Emlurb, que nunca veio. O vizinho foi que providenciou quem fizesse a retirada do galhão que desabou. E desabou porque esperava há tempo por um corte, já que a Neonergia passou por aqui e fez “poda” só nos galhos que encostavam na fiação elétrica, deixando as plantas com o peso das copas em desequilíbrio. Ou seja, com facilidade maior para tombar.

Quando caminho, vejo como é grande a quantidade de vítimas de arboricídios na cidade. O último caso que chegou ao conhecimento do #OxeRecife foi exatamente o que ocorreu na Rua Barão de Itamaracá, no Espinheiro, Zona Norte do Recife. Segundo moradores daquela via, a “poda” realizada pela Emlurb (Autarquia de Manutenção e Limpeza Urbana) nesse fícus não só praticamente acabou com a antes frondosa árvore, como coloca em risco a vida de pedestres que por ali transitam. É que além de cortar o ficus por completo, deixando pouco espaço para que suas folhas possam operar a fotossíntese e dar conforto térmico à população, parte do que resultou da operação de corte ficou pendurado nos fios, ameaçando cair na cabeça das pessoas. “Gente boa, a Emlurb estava na Rua Barão de Itamaracá, no Espinheiro e cortou essa árvore”, diz uma leitora do #OxeRecife, que enviou fotos da ação de poda para vários veículos de comunicação.

“Na saída, após o corte das árvores, os funcionários deixaram galhos pendurados nos fios, que estão soltos ou muito baixos nas calçadas. Um verdadeiro absurdo”, reclamou com razão. Imagina se aquele toco que ficou pendurado cai na cabeça de alguém… E se a fiação se partir devido ao peso e alguém sofrer uma descarga elétrica, como é comum no Recife, de quem será a culpa? É uma pergunta interessante para se responder, não acham?

Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Foto: do leitor/ moradores do Espinheiro

One comment

Maria das Graças Nascimento disse:

24 de maio de 2025 às 20:26

Irresponsabilidade é o que ocorreu mais uma vez. Como uma fiscalização deixa permanecer
pedaço de tronco de arvore entre fios?

Responder

Leave a Reply Cancelar resposta