Está difícil, o drama da arborização do Recife. É cada dia maior o número de árvores degoladas, assassinadas, eliminadas da paisagem urbana. E são tantos os casos que eu vou fotografando, documentando e … termino esquecendo. Mas prometi a mim mesma que nesta semana, postarei o que tenho visto nos últimos dias. Esse registro (foto acima) feito na Rua das Fronteiras, durante a última edição do Projeto Música na Igreja. A via fica no bairro da Boa Vista, área central da cidade.
Como vocês percebem, o corte é antigo. Mas para o #OxeRecife não interessa se o arboricídio foi praticado ontem, na semana que passou, no mês passado ou anos atrás. Aqui são feitos registros de todas as árvores eliminadas na cidade que encontro em minhas andanças. Sejam ou não recentes. No caso desta vítima da motosserra insana, já era para ter sido destocada, e substituída por uma muda de árvore nativa que já poderia até estar adulta, cumprindo o papel da que foi eliminada. Mas infelizmente, no Recife, o que a gente vê de alegrete vazio é uma infinidade, o que é muito grave para uma cidade, que já vive em situação de emergência climática e que vem a ser uma das mais vulneráveis do Planeta quanto às consequências da mudança do clima. Então, as árvores são extremamente necessárias.
Lembrete: O #OxeRecife tem duas campanhas de caráter permanente contra esse descalabro ambiental: #paremdederrubarárvores e #recifemergênciaclimática. A primeira registra com foto, data e endereço as árvores eliminadas da cidade. A segunda, com os mesmos meios, mostra as ruas do Recife totalmente desprovidas de verde. E ainda tem quem reclame do aumento de temperatura da cidade e das ilhas de calor…
Abaixo, confira nos links mais informações sobre árvores eliminadas da paisagem no bairro da Boa Vista e outros que integram o Centro expandido. Os registros aqui realizados não possuem rigor científico, e são feitos à medida que as degolas são testemunhadas pelo #OxeRecife ou por leitores do Blog. Como vocês podem observar, os arboricídios notificados somaram 17 no bairro da Boa Vista, quatro em Santo Antônio, três no Recife Antigo, sete em Santo Amaro, duas em São José. O número insignificante de degolas no bairro de São José não significa que ele seja mais protegido do que os demais. E´que a maioria de suas ruas estão entre aquelas aqui catalogadas como “áridas” na série #recifeemergênciaclimática. Simplesmente quase já não possuem mais “matéria prima” para motosserra insana. São José, apesar de tradicional, converteu-se em uma selva de concreto. É só andar pelas suas ruas a pé, para se perceber.
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Texto e fotos:Letícia Lins / #OxeRecife
Eu passei na Rua das Fronteiras semana passada e,realmente, praticamente não existe mais árvores.
Em frente à estação da Compesa,logo no início da rua,tinha um cajueiro belo e frondoso e outras árvores que também não vi mais…
Recife na contramão da crise climática, uma insensibilidade e irresponsabilidade absurdas.
Letícia, assim como você, é com muita indignação e revolta que vejo o descaso ambiental, a insensibilidade dos governante no mundo em particular no Recife. Cortes de árvores sem reposição, podas criminosas, Neo-energia, prefeitura e agora virou moda, deixar só as copas das arvores nas praças e parques, não consigo entender a razão dessa prática. Tira a própria proteção das árvores contra o sol, acabando com a sombra, consequentemente ressecando o solo. As novas árvores plantadas não estão sendo regadas como deve ser, muitas morrendo. Caxangá, av. Recife é prova disso. onde vamos parar. A natureza na UTI.