É uma tristeza, ou não é? A gente vai caminhar de manhã, pela Praça Faria Neves, que é tombada e foi incluída na relação de jardins históricos do Recife, que foram projetados pelo paisagista Burle Marx, e acha três árvores mortas, duas delas assassinadas. A Praça fica em frente à entrada do Parque Estadual Dois Irmãos, onde está o único zoológico do Recife. Duas tombaram por ação da motosserra insana, que virou epidemia na nossa cidade.
E uma terceira tombou, em um dos temporais do mês de julho. Detalhe, não houve plantio de nenhuma outra espécie, para substituir as que se foram. Da que caiu devido à chuva, só resta o canteiro vazio e o carro todo amassado, ainda no mesmo lugar, quase um mês após o acidente. Uma outra, que teve o caule cortado, teve seu pequeno e sufocante canteiro transformado em lixeiro. Lá colocam papel, garrafas de refrigerantes, latinhas de cerveja.
A mais recente vítima, fica quase em frente à Usina Dois Irmãos, casa de eventos localizada na mesma praça. De acordo com os moradores do local, a planta não estava doente e nem ameaçava cair. Poderia ter passado por uma poda razoável e se manter de pé. “Chegaram com a máquina e cortaram tudo sem dó”, disse Dona Maria José da Silva, que costuma arranjar uns trocados vendendo água mineral na entrada do Parque Estadual de Dois Irmãos. Já está bem pertinho de chegarmos ao post número 50 sobre o assunto. E aí, faremos um relatório do tamanho do estrago. Parem de derrubar árvores. Oxe, Recife.
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Texto e fotos: Letícia Lins / #OxeRecife