O campus da Universidade Federal de Pernambuco é muito verde. Tem gramados, árvores de várias espécies e até uma trilha dedicada exclusivamente aos baobás, que somam uma dezena, nas praças e alamedas da Ufpe.
Isso não impede, no entanto, que se encontre troncos guilhotinados, em vários locais, sem que tenha sido feito o destocamento para o plantio de uma muda, para que seja feita a reposição. Hoje, em uma caminhada de mais ou menos uma hora pela localidade, encontrei essas duas que devem ter caído em decorrência de ventos, chuvas ou doenças. Acredito que ambas não tenham sido vítimas de arboricídio. Porém a reposição nem sempre é feita, embora seja mais do que necessária, neste Recife da emergência climática e do arboricídio.
O que vale é que tem gente que, por conta própria, tenta repor o que a natureza perdeu. É o caso de Carlos Alberto Alves da Silva , que percebeu que muitas das espécies que arborizavam o campus morreram devido à ação do vento, da chuva. Ao perceber que não era feita a reposição, o servidor público aposentado decidiu partir para o plantio. Hoje, muitas das 300 mudas que plantou já são árvores adultas.
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Texto e fotos: Letícia Lins / #OxeRecife