Parem de derrubar árvores (260). Treze degolas no Museu do Estado

Fechado durante a pandemia e ainda não reaberto ao público, o Museu do Estado estava de dar pena. No dia 1 de agosto, postamos aqui no #OxeRecife fotografias que mostravam  o lixo acumulado em suas calçadas e jardins, assim como  as plantas morrendo à míngua por falta de cuidado.

Nesta semana, dentro da flexibilização do meu plano individual de convivência com a Covid-19, decidi caminhar pelas ruas, como fazia antes da pandemia, fazendo um percurso de Casa Forte até o Espinheiro. Mais precisamente, na Rua da Hora.

Plantas dos jardins do Museu do Estado padeceram de inanição na pandemia, e agora sofreram uma grande degola.

Fui andando pela Avenida Rui Barbosa,  dei um passeio no Parque da Jaqueira para aproveitar o dia de sol. E depois segui meu caminho. Mas tomei um baita de um susto, ao passar em frente ao Museu. Lembram aquelas plantas que estavam quase morrendo por falta d´água? Foram degoladas, uma tristeza.

Na verdade, eram 13 palmeiras, que ficavam ao lado da entrada principal em frente à escadaria do palacete que, na quarta-feira, estava com os portões fechados com correntes. Mas pelo muro gradeado deu para perceber. Os canteiros antes verdes, ressecados durante a pandemia, agora não têm é mais nada.  Só os tristes toquinhos do que sobrou. Haja arboricídio! Ou mania triste, essa do Recife, de degolar as plantas. Dessa vez, parece que o corte não foi com a motosserra insana, mas manual. E, sinceramente, não sei o que é pior: deixar a planta morrer de sede ou acabar com ela a foice. Nos links abaixo,  você pode conferir outras perdas do patrimônio verde no bairro das Graças, inclusive nos limites com o da Jaqueira. Houve perdas em locais icônicos (como o Jardim do Baobá) e históricos, como pequeno jardim da Ponte D´Uchoa, antiga estação da  maxambomba (sistema de transporte do Recife inaugurado em 1867, que seria o primeiro trem urbano da América Latina).

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Texto e fotos: Letícia Lins / #OxeRecife

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