Por conta da pandemia, passei um bom tempo sem caminhar pelas ruas. Como me sinto sufocada com a máscara, troquei o exercício físico sob o sol por intermináveis e monótonas andadas por dentro de casa. Embora goste muito do meu “ninho”, não vejo graça em fazer exercício físico em ambiente fechado.
Seguindo dicas de amigos andantes como eu, decidi experimentar modelos de máscaras por eles sugeridos. E até que deu para caminhar. A primeira fiz de Apipucos até Sítio dos Pintos, para matar a saudade do verde da Mata Atlântica que ainda resta por essas bandas. Mas é botar a cabeça na rua, e me defrontar com as lastimáveis cenas de arboricídio.
A justificativa oficial é sempre a mesma para o corte: risco de desabamento da árvore. Muitos deles, no entanto, por falta de cuidados em tempo hábil. E o que é pior, a reposição nem sempre ocorre como mandam os manuais de arborização. Esta vítima da motosserra insana fica na Praça Faria Neves, no bairro de Dois Irmãos, Zona Norte do Recife. A Praça têm a assinatura do paisagista Roberto Burle Marx. Aliás, hoje às 14h, o #OxeRecife traz informações sobre a situação da Faria Neves, o primeiro jardim histórico do paisagista a ter comitê gestor.
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Texto e foto: Letícia Lins / #OxeRecife
