Todos os dias, eu me defronto com uma árvore mutilada, podada radicalmente ou, “assassinada”. Simples assim. Fico muito triste, porque nossa cidade, cada dia mais vertical, mais populosa e urbanizada, precisa, e muito, do verde. A mais novo “defunto” em pé vem do bairro das Graças. É que o leitor Benedito Nunes Pereira Filho enviou hoje mais um “retrato” dessas tristes figuras.
Essa que abre o post, documentada por ele, fica na Rua do Futuro, em frente ao número 122. No último dia 12, o amigo havia me enviado outra fotografia, de uma “vítima”, na Estrada do Encanamento, e que foi devidamente registrada aqui na postagem número 21, da nossa campanha “Parem de derrubar árvores”. Benedito é servidor público, vai para o trabalho a pé diariamente, e tem uma página no Facebook sobre as calçadas do Recife (Calçadas do meu Recife).
“O que mais vejo é tronco mutilado no meio do caminho”, diz ele, que diariamente caminha de Casa Forte até a Avenida Agamenon Magalhães, onde trabalha. Infelizmente, essa é a realidade que a gente vê nas ruas da nossa Capital, que está se transformando em um cenário de árvores mortas. Melhor, em um verdadeiro cemitério. São vítimas da motosserra insana ou do descaso do poder público. Por favor, parem de derrubar árvores. Assim, não dá. As “vítimas” ficam em vias públicas, praças, parques.
Diz a Emlurb que as árvores “só” são “erradicadas”, quando representam risco para a população. Mas no Recife, está se “erradicando” demais. A maior parte, no entanto, é vítima de poda inadequada ( aquela que vira mutilação ou que deixa a árvore pendendo para um lado, perdendo o ponto de equilíbrio). Também ocorre – como foi na Rua da Aliança, em Apipucos – da planta ser atacada por pragas, sem que receba do poder público o tratamento adequado, no período certo. Quando não tem mais jeito, chega a motosserra e…. acaba com tudo. Eu, hein. Oxe, Recife.
Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Foto: Benedito Nunes Pereira Filho