Parem de derrubar árvores (225)

A iniciativa é super válida. Construir um centro de convivência à margem do Capibaribe, entre os bairros de Casa Forte e Jaqueira. Até porque as margens do rio sem uso comunitário têm se transformado em lixão. Infelizmente.

Quem costuma caminhar como eu, muitas vezes tangenciando o Cão Sem Plumas, é fácil observar o estrago que a população faz, jogando metralhas, móveis velhos, capacetes, tudo que não presta nos manguezais, que sobrevivem só Deus sabe como. Tudo termina assoreando e poluindo o rio.

Agora, construir um centro de convivência junto à natureza não implicaria, necessariamente, na degola de mais uma árvore. Mas foi o que aconteceu com essa da foto, que fica na Rua Leonardo Bezerra Cavalcanti, onde a Prefeitura vem implantando a obra com investimentos superiores a R$ 94 mil.Será que era preciso mesmo a motosserra insana degolar mais uma, engrossando as estatísticas do arboricídio?

Tenho visto na iniciativa privada construções que desviam muros, abrem fendas, providenciam curvas nas marquises dos prédios para preservar árvores adultas. Por que o poder público do município, no caso a Emlurb, acha sempre que a degola é a solução indicada onde há uma obra em implantação? Sinceramente… Como se o Recife não vivesse situação de emergência climática. Desse jeito… a cidade vai virar é uma grande ilha de calor.

Texto e fotos: Letícia Lin / #OxeRecife

Parem de derrubar árvores (225)

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