Mais duas árvores sacrificadas no Recife. Um “tamborete” fica em frente ao terreno onde funcionou no passado a antiga Casa de Saúde São José, na Avenida Dezessete de Agosto, em Casa Forte. A árvore estava com o tronco inclinado, e durante o último grande temporal do Recife ela pendeu um pouco mais para o lado do asfalto, levantando parte do meio fio.
Quando passei em frente à planta, pensei logo: em poucos dias, menos uma. Não deu outra. Quarenta e oito horas depois, retornei ao local, durante minha caminhada. E só restava esse toco da foto acima. Havia um pedaço do tronco jogado na calçada, que sumiu em questão de horas. Deve ter sido recolhido para fogueira de São João, já que vender madeira vira negócio na época junina.
Como sempre ocorre no Recife, ao invés da erradicação completa para reposição com uma outra planta, o tronco guilhotinado permanece dias, meses, anos, fincado nas calçadas, evidenciando a ação da motosserra insana, que age mais no Recife do que em qualquer outra capital. Perto daquela árvore da Dezessete de Agosto, outro tronco degolado, dessa vez na Praça de Casa Forte.
Ao que parece, no entanto, a árvore não foi guilhotinada com a motosserra insana, que deixa o corte bem regular, parecendo até que o tronco foi lixado. A julgar pela aparência, a da Praça teve o tronco partido, o que pode ter sido consequência do temporal ou ação de vândalos, como é comum acontecer na cidade, contra a vegetação. Tanto uma quanto a outra permanecem sem reposição. Lembrem-se que durante os temporais de junho mais de uma dezena tombou pelas ruas do Recife. Já ganharam reposição?
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Texto e fotos: Letícia Lins / #OxeRecife