O #OxeRecife cumpre, mais uma vez, o doloroso dever de registrar mais uma vítima do arboricídio, que deixa cada dia mais pobre as ruas, parques, avenidas e jardins do Recife. A vítima mais recente fica na Rua Rodrigues Sete, quase na esquina com a Estrada do Arraial, no bairro de Casa Amarela, Zona Norte da Capital.
E a degola é tão recente, que o pó de serra ainda se espalha pela raiz e pela calçada do Centro Cultural Ariano Suassuna, em frente do qual agora só existe o tronco, em forma de tamborete. Não sei qual era a espécie. Mas moradores da área relatam que estranharam o clarão da esquina e o calor, antes tomada por uma grande e refrescante sombra.
Nas redes sociais do #OxeRecife, não são poucas as reclamações dos leitores, contra a escala industrial de podas radicais e erradicações de nossas árvores, silenciosas amigas, e responsáveis pelo nosso bem estar e pelo ar que a gente respira. “A capital que odeia o verde. Tristeza!”, reclama Ana Guadalupe. “Lamentável. Infelizmente a cada ano diminui o verde da cidade, com prejuízo à qualidade de vida da população”, afirma Élio Siqueira. “Temos que plantar árvores e o Recife corta”, protesta Henrique Lima.
Para o mesmo Henrique, não adianta só lamentar. “Tem que protestar contra o prefeito, pois o Recife vai ficar horrível de quente”. Para o músico Artur Philipe, “estão acabando com as belezas naturais da nossa cidade”. Como vocês percebem, a indignação com o tratamento dispensado ao patrimônio verde da nossa capital, não é só do #OxeRecife. A população está inquieta e cada dia mais atenta. Até porque, a cada árvore cortada, torna-se menor o caminho para o surgimento de ilhas de calor no Recife. E elas já são muitas. Daqui a pouco é a cidade inteira.
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Texto e foto: Letícia Lins/ #OxeRecife