Parem de derrubar árvores (146)

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Hoje encontrei quatro vítimas de arboricídio, em apenas uma via, no Recife. Os “tamboretes” ficam todos na Rua  Maria Amália, no bairro da Macaxeira, Zona Norte do Recife, por onde decidi fazer parte de minha caminhada matinal diária. Achei os restos mortais das árvores guilhotinadas em distância bem curta, entre os números 128 e 204.

Um deles ainda ostenta a marca da motosserra insana. É o que fica em frente ao número 204. E a natureza, como realmente é muito generosa, tenta fazer com que a planta sobreviva. Apesar de não ter canteiro e das raízes terem sido totalmente recobertas com cimento, o toco está fazendo brotar discretamente um galhinho com folhas novas.

Já para o tronco que fica em frente à casa 182, parece não restar mais alternativa de vida mesmo. Ele foi até decorado, pois está azul e amarelo, com pinceladas verticais. Ou seja, totalmente sufocado, eliminando-se por completo a chance de renovação e sobrevivência da árvore. Há dois outros troncos guilhotinados, em frente aos números 128 e 176.

Felizmente, no entanto, a rua ainda ostenta algumas árvores, assim como moradores improvisam canteiros, devolvendo o verde a algumas residências e esquinas. O #OxeRecife já computa, em dois anos, 146 postagens com vítimas do arboricídio, e registro de 246 árvores degoladas em ruas, praças e jardins do Recife. Todos os registros possuem data, endereço e fotografia.

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Texto e fotos: Letícia Lins / #OxeRecife

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