Parem de derrubar árvores (136)

Mais uma contundente prova do arboricídio que toma conta das ruas do Recife. Todas as vezes que faço um novo percurso – diferente dos roteiros habituais das minhas caminhadas – me defronto com novas vítimas da motosserra insana. Esta fica em na Estêvão de Oliveira, no bairro de Santo Amaro.

Trata-se de uma rua sem saída, perpendicular à Avenida Visconde Suassuna. A vítima está “plantada”  à altura do número, 110. Ia ao dentista cujo consultório fica na Avenida. Como cheguei um pouco cedo,  resolvi fazer hora andando pelas vias secundárias, para conhecê-las melhor. Aí, me defrontei com mais um “tamborete”, contra os quais venho protestando, aqui no #OxeRecife desde o ano passado.

Aliás, esse tipo de cena sempre me chocou. Porque embora a gente saiba que a árvore – como qualquer ser vivo – tem seu ciclo biológico (nascimento, vida e morte), ela deve ser logo substituída quando erradicada em áreas urbanas, onde a selva de concreto é cada dia maior. Mas não é o que acontece no Recife, onde muitas  árvores já adultas padecem por conta de podas radicais ou falta de cuidados fitossanitárias.

Não moramos em uma mata, onde a vegetação se regenera naturalmente e na qual a árvore cai, se decompõe e vira adubo para que outras possam nascer e de desenvolver. Na mata tem, também, animais que fazem distribuição de sementes. Mas nas cidades, essa fauna é bem menor e, uma vez erradicada, é necessária a respectiva reposição. Mas o que a gente vê no Recife, infelizmente, são cenas como as da foto, sem falar nos canteiros vazios, que viraram depósitos de lixo e de metralhas. Uma tristeza, isso. Sinceramente.

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Texto e foto: Letícia Lins / #OxeRecife

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