Parem de derrubar árvores (114)

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Vocês me desculpem, mas me desculpem mesmo. No entanto, seguindo um compromisso que assumi comigo mesma – com a minha consciência – e com o Recife, tenho que voltar ao assunto mais uma vez. Pode até estar cansando, mas se eu ficar calada, dói a consciência. Então, estou a denunciar, mais uma vez, a ação da motosserra insana.

Toda a vida tem seu ciclo: nascimento, crescimento, morte. Mas é verdade que se as árvores de áreas urbanas são bem cuidadas, o tempo de vida é muito maior. E se são eliminadas, é obrigação do poder público repor as que se foram em áreas também públicas, como nossas calçadas.

Cena “linda”, esta, que fica na Rua Igarassu, bem pertinho da Leonardo Bezerra Cavalcanti e do Walmart Casa Forte.

Há ruas aqui no Recife, onde a temperatura está ficando bem elevada por falta de arborização. E em bairros movidos a asfalto – como Boa Viagem, Zona Sul – as ilhas de calor estão cada dia mais frequentes.  Nas minhas caminhadas, diariamente me defronto com vítimas de arboricídio. E elas estão em todos os bairros da cidade. Eu nem procuro: elas sempre surgem ao longo dos meus caminhos.

Uma destas fica na Rua Leonardo Bezerra Cavalcanti, à margem do Rio Capibaribe. Já faz quase um mês que a motosserra passou lá, mas o tronco permanece como denúncia de que ali havia uma árvore frondosa, que sombreava a calçada ao longo da via. E vítima fica perto do Hospital Maria Lucinda, na calçada no sentido subúrbio cidade. Em uma das transversais daquela via, mais precisamente na Rua Igarassu (pertinho do Walmart), eis que me defronto com um “tamborete”, que é usada para “quarar” material com que os flanelinhas que atuam na área. Com o post Parem de derrubar árvores (114), já somam 192 as vítimas de arboricídio, registradas com foto, endereço e data, só aqui no #OxeRecife, desde 2017. Eu posso, com um negócio desse?

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Texto e foto: Letícia Lins / #OxeRecife

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