Parem de derrubar árvores (107)

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Passo nesta calçada, quase todos os dias, na Avenida Dezessete de Agosto. Mas só há alguns dias, notei que ali, pertinho de uma banca de revistas, quase em frente à extinta livraria e papelaria Módulo, existe um “tamborete”, formado por tronco de mais uma vítima de arboricídio que assola ruas, praças e jardins do Recife.

Não sabemos qual o motivo da derrubada da árvore. Mas o fato é que, se uma eliminada, duas devem ser plantadas. Mas o tronco está lá, mortinho, sem nenhuma reposição à vista. E não é só lá não. Basta atravessar a Avenida, e ir até a Praça José Vilela,  no mesmo bairro do Parnamirim, para se observar mais uma vítima da motosserra insana.

Vítima da motosserra insana, essa árvore quase morre, mas tenta renascer, na Praça José Vilela, bairro de Parnamirim.

Mas a árvore da José Vilela teve melhor sorte. Como fica em uma área de jardim – a outra estava cercada de excesso de concreto por todos os lados – o tronquinho, pelo menos, está começando a brotar, como vocês observam na foto, com dois galhinhos com folhas novas.

Espero que não aconteça com ela a mesma coisa que ocorreu com árvores como as que ficavam na Rua Desembargador Góis Cavalcanti (perto do Pão de Açúcar) e na Avenida Parnamirim (em frente ao Serpro), também na Zona Norte do Recife. Ambas tentaram sobreviver à motosserra insana, mas quando as folhas estavam renascendo, receberam golpes de misericórdia. Delas, só restam as lembranças e vestígios de pó de serra nos respectivos canteiros. Está tudo muito bem documentado, aqui pelo #OxeRecife, que desde janeiro de 2017 já fez 107 postagens Parem de derrubar árvores, com registro de  de 183 óbitos.

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Texto e fotos: Letícia Lins / #OxeRecife

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