Com certeza, depois do isolamento social imposto pela pandemia, o mundo não será o mesmo. No Brasil, já tem gente questionando como ficarão os hábitos das pessoas depois do retorno às atividades quando, provavelmente, as relações serão marcadas pelo distanciamento. Haverá mais reuniões profissionais e negócios fechados via Web. No lazer, a população deverá preferir mais o lazer em praças e parques, colocando de lado shopping centers e cinemas, informa o escritório Natureza Urbana, com sede em São Paulo. Também já se especula que quem puder, vai preferir morar junto à natureza e não nas selvas de concreto das cidades verticalizadas, como ocorre hoje. Na decoração, também mudam as características observadas na fase anterior à disseminação do coronavírus, conforme afirmam empresas do setor.
Funcionando desde 1987 na fabricação de móveis planejados, com 50 revendas em doze estados brasileiros, a Simonetto já arrisca quais serão as tendências na ambientação das residências, por conta da pandemia. Mudaram os hábitos. Deixar os sapatos na entrada da casa é um costume mais observado em países asiáticos – como o Japão – do que o Brasil. “Mas cuidados que antes passavam despercebidos e que não faziam parte da rotina – como trocar o calçado usado para caminhar nas ruas por um par de chinelos ao entrar em casa – começaram a fazer parte dessa nova realidade”, lembra a empresa, que tem sede em Curitiba. E que já traçou um panorama com algumas possibilidades.
O número um vai para o móvel para guardar sapatos nas entradas das casas . Muito comum na decoração de residências em países asiáticos, a presença de uma sapateira ou móvel para guardar os sapatos dos visitantes antes de entrarem em casa pode ser uma das tendências no pós-coronavirus. Além de higiênico, é uma forma de deixar as energias ruins fora do lar, segundo a tradição oriental. O número dois vai para uma maior presença de lavabos, para facilitar a higienização das mãos logo quando as pessoas entrarem em casa. O três vai para o cuidado com mais entradas de sol e janelas. Como já foi comprovado, manter a casa arejada ajuda a evitar a proliferação de vírus e bactérias.
Por isso é muito importante que todos os cômodos sejam bem arejados, inclusive o cantinho das atividades físicas. Sempre em pauta, a importância dos exercícios físicos ficou ainda mais evidente com o coronavírus. Exercitar-se é superimportante para o condicionamento físico e a manutenção da imunidade, mas em casa será bem mais seguro para evitar o risco de contaminação que se corre nas academias, onde há muita gente manuseando equipamentos, como alteres, barras, máquinas de musculação. Por fim, o home office. Trabalhar em casa, que já era realidade para algumas pessoas, pegou outras desprevenidas. Teve muita gente que precisou criar um espaço de trabalho em casa de um dia para o outro. Com certeza, muita gente vai preferir trabalhar em casa, precisando de um local confortável e funcional.
Em São Paulo, o escritório de arquitetura Natureza Urbana fez uma enquete e chegou conclusão que na pós-pandemia, as pessoas preferirão o lazer em parques, praças, jardins. Ou seja, ao ar livre. A aproximação da natureza na moradia parece ser uma outra tendência observada durante a expansão do coronavírus. E um dos exemplos foi recente projeto imobiliário no Centro-Oeste, onde 60 chácaras foram vendidas por meio de Web em apenas uma uma semana. “A necessidade de maior isolamento e a busca de mais saúde e bem-estar estão motivando a procura por imóveis que permitam o contato com a natureza”, informa a Planalto Invest.
Trata-se de uma incorporadora sediada em Goiás, que alavancou seus negócios com um dos maiores empreendimentos imobiliários daquele estado, o Terra Santa. Com investimento de R$ 100 milhões, o Terra Santa, a Cidade do Lazer, é um complexo de condomínios de chácaras localizado em Trindade, a 33 km de Goiânia, em uma área de 6 milhões de metros quadrados, em meio a lagos, nascentes, matas e cerrado.” A Planalto Invest, através do empreendimento, trouxe ao mercado goiano o conceito de segunda moradia, com foco em qualidade de vida”, diz o CEO da empresa, José Roberto Nunes. Em abril, a empresa vendeu 7,5 vezes mais lotes do que o havia sido registrado em março. “No total, foram 60 unidades comercializadas, contra apenas 8 vendidas no mês anterior” A empresa espera vender 75 unidades em maio. Em plena pandemia.
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Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Fotos: Simonetto / Divulgação