Outra corujinha caída do ninho

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Caiu outro bebê coruja no asfalto, no Bairro da Boa Vista. Ela deve ser do mesmo ninho do filhote que foi encontrado nesta semana, conforme mostramos ainda há pouco aqui no #OxeRecife. E quem achou foi um flanelinha chamado Diego (o sobrenome não foi fornecido), que atua nas ruas próximas à Universidade Católica de Pernambuco.

O flanelinha Diego acionou um xará: Diego Victor Sial, da organização não governamental TriologiaBio, para que a pequena ave não morresse atropelada. A TrilogiaBio é parceira da Agência Estadual do Meio Ambiente (Cprh), atuando no resgate de animais silvestres e também em iniciativas de educação ambiental.  Uma outra coruja caburé ( Glaucidium basilianum), já havia sido entregue na quarta-feira, na sede da Cprh, em Casa Forte, Zona Norte do Recife.  “Elas devem ter caído do mesmo ninho. Mas não conseguimos visualizar onde está o ninho e o melhor caminho foi levar as corujas para a Cprh. Correram o risco de serem atropeladas ou serem pegas por outro animal”, comentou Sial.  A primeira encontrada foi essa da foto à esquerda. Fofa, não é?

As duas corujas voltaram a se encontrar, hoje, no Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas Tangara), unidade da Cprh para onde são levados os animais silvestres, antes de serem devolvidos à natureza. Quando os filhotes estiverem em condições de sobreviver no habitat natural, ganharão a liberdade. De acordo com o coordenador do Cetas Tangara, Yuri Valença, o período de  reprodução  de aves de rapina (como corujas e gaviões) ocorre entre os meses de setembro e março. “Nessa época, aumenta a quantidade de entregas desse tipo de ave  à Cprh”. Yuri elogiou a atitude do flanelinha Diego. E sugeriu que sua atitude sirva de exemplo. “A gente faz o apelo para que, como o flanelinha Diego fez, quem encontrar uma coruja perdida ou machucada, entregue à Cprh”.

A Unidade de Gestão de Fauna da Cprh fica localiza na rua Santana, 367, no bairro de Casa Forte (Recife), onde já estive algumas vezes para entregar pássaros que também caíram de ninhos por onde moro. Uns, cujos hábitos conheço, alimento, dou água e depois eles alçam voo. Mas em uma das últimas vezes que tentei fazer isso, o pássaro criança travava o bico. Ao chegar na Cprh, soube que a espécie gostava mesmo era de semente, motivo pelo qual rejeitava a frutinha amassada que tentei dar a ele no biquinho.  Paciência é preciso. O pássaro bebê é muito interessante. Ele abre a bico quando a gente se aproxima, pedindo comida. Até me sinto uma mãezona. Mas depois que vi que nem todos podem ser “assistidos” do mesmo jeito, resolvi não mais arriscar. Caiu, levo lá na sede da Cprh, em Casa Forte. O telefone de contato é o (81) 3182-8905. Já o Cetas Tangara é na Estrada da Mumbeca, Km 8, no bairro da Guabiraba (Recife), telefone (81) 3182 9022. E viva a natureza!

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Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Foto: Cprh / Divulgação

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