Tradição secular no Brasil, principalmente no Nordeste, as fogueiras estão proibidas em Pernambuco, em 2020. Hoje, véspera de São João, elas fariam a festa nos arraiais, durante a exibição de quadrilhas e reunindo famílias em sua volta, para o milho assado. Por conta da pandemia, as fogueiras devem ser evitadas, para que sua fumaça não provoque problemas respiratórios, principalmente entre pacientes da Covid-19, alguns dos quais precisam até de “pulmões” artificiais.
Para evitar a venda de lenhas de fogueira, a Agência Estadual do Meio Ambiente (Cprh) deflagrou a Operação Fumaça Zero, visitando municípios da Região Metropolitana. Apesar da proibição, foram encontrados pontos de comercialização de madeira em cidades como Moreno e Camaragibe. Como diz a gíria, a fiscalização atirou no que viu e matou o que não viu. É que, em uma serraria, encontrou madeira de origem clandestina, retirada de árvores de matas nativas, o que é proibido.
A madeira nativa ilegal foi encontrada em serraria, na cidade de Moreno, a 32 quilômetros do Recife. A empresa sofreu embargo e multa de R$ 7.700. E também teve quatro máquinas e 154 toras apreendidas. Hoje foi apreendido no mesmo município, um caminhão com 160 toras, provenientes de árvores nativas. Ou seja, de extração clandestina e criminosa. Em Camaragibe – também no Grande Recife – foi observado um ponto de comercialização de lenha, que já havia sido notificado pela Prefeitura. Até havia uma fogueira armada. Mas os donos do ponto de venda foram orientados para que não fizessem a queima e aconselhados a guardar o material. A Operação Fumaça Zero vem sendo desenvolvida em conjunto com a Companhia Independente de Policiamento do Meio Ambiente (Cipoma).
Segundo a Cprh, as equipes que foram às ruas no dia 22, prolongam a fiscalização nos dias 23, 27 e 28, para coibir e evitar a venda de lenha. A ação percorrerá municípios onde foi decretada a proibição de queima de fogueiras. “A Operação Fumaça Zero pretende minimizar os danos causados por fogueiras, que muitas vezes utilizam recursos florestais da mata nativa, provocando poluição atmosférica, soltando partículas no ar”, afirma Silvana Valdevino, Coordenadora de Fiscalização Ambiental da Cprh. Lembra que em 2020, além do prejuízo à natureza, a população tem outro motivo, para não acender a fogueira: “Estamos vivendo um momento diferente, devido ao coronavírus”
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Texto: Letícia Lins /#OxeRecife
Fotos: Cprh /Divulgação