O “ser humano encantado” do frevo

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“Um ser humano encantado”. Como não é todo dia que a gente ouve definição dessa sobre alguma pessoa, decidi registrar o alvo de tão bonita qualificação, em mensagem enviada pela leitora Maria da Paz Pedrosa ao #OxeRecife. É muito bom quando a gente tem a chance de mostrar uma alma nobre. E, com certeza, Werison Fidélis é uma delas. Ele é criador de metodologia de dança para alunos com diversos tipos de deficiência, e os ensina até a fazer o passo, a complicada coreografia do frevo. Uma dessas alunas é Beatriz, filha de Maria. A menina tem problema crônico e grave de saúde, e melhorou muito depois de aprender a dançar o frevo com  quem? Com Werison, é óbvio. “Coruja”, a mãe agradece.

Maria não economiza elogios para o professor tão diferenciado. “Werison é um ser humano encantador”, define. E acrescenta:”Somos muito gratos a ele pelo seu carinho e dedicação à nossa pequena Beatriz, criança que nasceu com hipertensão severa e que passava mais tempo hospitalizada do que no seu próprio lar”.Depois, explica: “Hoje, graças às aulas de frevo da Escola de Frevo do Recife, com o Professor Pinho (é assim que as crianças o chamam) ela voltou a ter vida normal, ainda com seus limites, claro. E também com tratamento, mas cheia de vontade de viver e de realizar seus sonhos”, comemora a mãe.

“Então, para nossa filha, o frevo é muito mais do que um ritmo, muito mais do que cultura, o frevo é vida”. E agradece: “Obrigada, professor Werison, por todo amor e dedicação”. Gente, isso não é lindo? Parabéns a Werison, pelo seu trabalho. Parabéns à mãe, por tão lindo registro, pelo reconhecimento e pela sensibilidade. O trabalho de Werison começou há mais ou menos uma década, quando foi chamado a dar aulas de dança para crianças deficientes, na Escola Ulysses Pernambucano. Diante da experiência, ele criou a Inclusão Companhia de Dança, primeira companhia profissional de frevo com pessoas com deficiência.

Também criou sua própria metodologia. Ele mesmo comemora os resultados. “Muitas mães não traziam os filhos, com temor que se machucassem durante as aulas ou não acreditavam nas potencialidades deles”. Com o tempo, esses temores foram desaparecendo. E o resultado positivo está nos avanços de crianças como  Beatriz. Para o professor, o segredo é simples. “As crianças com necessidades especiais precisam apenas de mais atenção que as demais, porém aprendem rapidamente”. Diz, ainda, que seus alunos são “mais criativos e amorosos”. Coisa boa. Linda mãe. E lindo professor. E linda Beatriz, também, claro.

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Texto: Letícia Lins/ #OxeRecife
Foto: Divulgação

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