Observem a foto acima. Parece um parque como outro qualquer. Mas não é. É que além de funcionar como área de lazer e convivência ele se destina, também, a reduzir os efeitos das enchentes do Rio Tejipió. Ou seja, se o Recife já tem seu jardim filtrante – no Parque do Caiara, Zona Oeste da Capital – acaba de contar com outra novidade, desde esta sexta-feira (29/11). É que o Prefeito João Campos (PSB) entregou hoje o primeiro parque alagável da cidade, que fica entre os bairros de Areias e Ipsep, às margens do Rio Tejipió, um dos mais vulneráveis da capital pernambucana às ações das chuvas. O investimento da obra foi de R$ 2,5 milhões. Os parques alagáveis são inéditos no Recife, mas já existem em outras partes do mundo e até mesmo do Brasil.
Eles já são largamente adotados em algumas cidades como Jihua e Xangai, na China, país do pai da ideia que começa a se disseminar rapidamente pelo mundo. É que o modelo já é adotado também na América do Norte (Estados Unidos) e na Europa (Dinamarca). No Brasil, o estado que possui maior número deles é a Bahia, experiência também realizada no Paraná, que difundiu o conceito “cidade esponja” em Curitiba. A exemplo do que ocorre em modelos similares, o parque foi projetado para desempenhar uma função dupla: servir como área de lazer durante períodos secos e atuar como bacia de retenção durante chuvas intensas, ajudando a mitigar enchentes. Além de proporcionar lazer à população, o parque tem como objetivo melhorar a qualidade da água e criar habitats naturais para diversas espécies de flora e fauna. O #OxeRecife torce para que dê certo, pois a nossa cidade realmente precisa de obras que a preparem para os efeitos das mudanças climáticas. Portanto, os parques alagáveis têm mais é que se espalhar, caso o primeiro dê certo. Quem mora perto do Rio Tejipió, sabe o drama que enfrenta a cada chuva.
“Esta é uma inauguração muito importante para a cidade, porque é uma ação que vai ajudar não só o Rio Tejipió e todas as comunidades que estão no entorno, mas também os moradores que vão ganhar espaços de convivência alagáveis, como uma praça e um parque, ajudando na drenagem e na convivência das pessoas”, explicou o prefeito. Ele disse que através de recursos captados com o Banco Interamericano, outros equipamentos nesse modelo serão construídos na capital pernambucana. O parque que acaba de ser implantado resulta, também, de estudos feitos equipes internacionais, inclusive da Holanda, já que Amsterdã tem uma certa semelhança por o Recife, por ser cortada por rios e canais. A diferença é que lá, os holandeses criaram mecanismos que evitem alagamentos a cada chuva, como ocorre no Recife.
Com aproximadamente 3,9 mil m², o parque alagável também busca atenuar o histórico problema de drenagem na região. As obras incluem o alargamento da calha do Rio Tejipió, que passou de 7 para 30 metros, após a desapropriação de cerca de 100 imóveis situados nas margens do rio. Sim, o Tejipió como todos os rios recifenses, sofrem com aterros irregulares, com despejo de esgoto doméstico e industrial, descartes indevidos de lixo, o que provoca assoreamento, o que pode se observar – também – no Capibaribe e no Beberibe. Infelizmente.
Nos links abaixo, você se informa sobre parques alagáveis, sobre jardim filtrante, mudanças climáticas.
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Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Fotos: Edson Holanda/ Imprensa PCR
Que notícia maravilha Letícia. Bairos tão sofridos com as engentes como Tijipió e IPSEP. Lembro da vinda dos consultores da Holanda. Parabéns a Prefeitura do Recife
Notícia maravilhosa!
Espero que realmente essa experiência dê certo na nossa cidade, tão carente de projetos para redução dos efeitos de alagamento .
Vamos torcer para que outros parques alagáveis sejam implantados e que sirvam de barreiras contra as enchentes
em consequência das chuvas.
que castigam a cidade