O Recife leva “banho” de Salvador no quesito limpeza

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Salvador – O lixo faz parte da paisagem do Recife. Quem mora na capital pernambucana até já se habituou com esse problema, que ocorre não só nos subúrbios, como no próprio centro da cidade, e até em locais turísticos, como o entorno do Mercado de São José, onde são comuns as montanhas de lixo, como sempre se observa na Praça Dom Vital. O pernambucano é obrigado a pensar que, para uma metrópole do porte da nossa, o problema é crônico. E que não tem jeito. Mas tem. E um exemplo é Salvador. A capital da Bahia, no que diz respeito à limpeza pública, está um brinco. E de fazer inveja a qualquer pernambucano.

Ao contrário da Praça Dom Vital, do Recife, o Pelourinho não envergonha turistas: limpeza impecável.
Ao contrário da Praça Dom Vital, do Recife, o Pelourinho não envergonha turistas com sujeira: limpeza impecável

Meus amigos, que residem em Salvador, até se surpreendem com as minhas observações. Pois essa semana até parei para fotografar uma dupla de garis que lavava um abrigo de parada do ônibus. Como gosto muito de andar, andei, e andei bastante. Pela Cidade Baixa, pela Cidade Alta, pelo chamado Comércio, que está para Salvador como o comércio popular dos bairros da Boa Vista, São José e Santo Antônio, no Recife. Passei por jardins, praças, locais turísticos. Fui na periferia, pois estive na Feira de São Joaquim, um centro popular de compras, onde se comercializa de peixes a produtos para cultos de origem africana, de roupas a frutas, de especiarias a ervas medicinais. Sabem a quantidade de lixo que encontrei no chão do Mercado? Nenhum. A mesma coisa aconteceu no Pelourinho.

Por mais de 15 bairros onde andei, em áreas diversas da cidade, não vi o problema que é tão comum no Recife. E aí, lembrei daquela frase “o lixo faz parte da paisagem do Recife”, muito apropriada, do Presidente do Partido Verde em Pernambuco, Carlos Augusto Costa. Foi uma das principais conclusões de suas andanças durante o Projeto “Recife Bom Para Viver”, e posteriormente na campanha eleitoral para a Prefeitura do Recife. Na ocasião, era só o que se via: lixo em canais, ruas, avenidas, praças, nas áreas sofisticadas, no centro do Recife. Um horror. E o que se vê, infelizmente, ainda hoje na nossa castigada cidade do Recife.

No Mercado de São Joaquim, uma das feiras populares de Salvador, outro exemplo de limpeza. Alô, alô GJ, limpar não ofende.
No Mercado de São Joaquim, uma das feiras populares de Salvador, outro exemplo de limpeza. Alô, alô GJ, limpar não ofende.

Em Salvador, a gente vê garis trabalhando em todos os lugares. Meus amigos aqui da Bahia até brincam comigo. Dizem que eles me perseguem. É que onde chego, eles  estão presentes. Em todas as partes, em todos os lugares.  Na tarde dessa quinta-feira, vi pela primeira vez, lixo acumulado em uma calçada, no bairro de Campo Grande, quando saía com um amigo para comprar acarajé. Dez minutos depois, já tinha um caminhão lá recolhendo. Não tenho nenhuma simpatia com o Dem, partido do Prefeito de Salvador, ACM Neto. Mas em termos de cuidar da cidade, de deixá-la limpa, nota dez para o Prefeito baiano. O do Recife, Geraldo Júlio (PSB) tem muito a aprender com o colega de Salvador. Pelo menos, no quesito limpeza. Aqui, se lava até os abrigos das paradas de ônibus. No Recife, não se faz isso nem nos bancos das  praças. #OxeRecife.

(Texto e fotos: Letícia Lins / #OxeRecife)

 

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