Como já disse aqui, andei pelo Sertão, no final de semana. E sabe o que vi lá? Um bode dançando. Ele caiu na dança, ao som de Anunciação, de Alceu Valença, em plena praça Monsenhor Alfredo de Arruda Câmara, em frente à Catedral do Bom Jesus dos Remédios, a 398 quilômetros do Recife. Eu já tinha visto o “bode” em um estande da Feira de Empreendedorismo de Afogados de Ingazeira, como mascote da Pajelat, uma espécie de Parmalat da caatinga, mas que só industrializa leite de cabra.
Acabada a feira, o bode, como vocês podem ver no vídeo abaixo, caiu na folia. Fiquei curiosa sobre a Pajelat. Descobri que é uma cooperativa situada na caatinga, que vende leite de cabra pasteurizado e congelado. Como vocês sabem, o leite de cabra tem propriedades, digamos, poderosas. Dizem os especialistas que é bom para o coração, o estômago, os ossos, combate radicais livres e ainda é o ideal para quem tem intolerância à lactose.
Na feira, havia promotores da Pajelat, oferecendo produtos. A cooperativa foi fundada em 1999. E além do leite de cabra, produz cinco tipos de queijo (coalho, Minas, ricota, petitsuisse e xancliche), além de bebidas lácteas. Não experimentei os produtos, mas me diverti vendo o bode “dançar”. No fim da festa, alguém passou carregando a cabeça/máscara do bode.
E eu fiquei frustrada porque não vi o seu rosto. Não precisa que me digam. Sou curiosa mesmo. Uma vez, no carnaval do Recife. vi durante os quatro dias um casal com máscaras horripilantes. Durante todo o carnaval, usaram macacão branco e as famigeradas máscaras. Na madrugada da quarta-feira, cansados, com calor, eles as retiraram. Eram uma moça e um rapaz, ambos lindos. Em tempo, fui ao Sertão para o lançamento do livro Memórias Afetivas, de Fátima Brasileiro.
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Texto, fotos e vídeo : Letícia Lins / #OxeRecife