Na rede privada, faltam remédios essenciais para pacientes com Covid-19

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Situação caótica, provocada pela pandemia. Não é só na rede pública de saúde que é crítica a situação do estoque de medicamentos  indispensáveis a pacientes internados  com Covid-19. “A situação é crítica e, se medidas urgentes não forem tomadas em âmbito nacional, mais pacientes morrerão”, adverte a Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp), em nota oficial distribuída pela entidade. 

Levantamento realizado pela Anahp, junto aos seus associados, no dia 18 de março de 2021, mostra que há remédios na rede privada cujos estoques só são suficientes para quatro dias, como o propofol e o cisatracurio. “Ficou clara a escassez de medicamentos essenciais para o tratamento de pacientes acometidos pela Covid-19, especialmente os sedativos necessários para intubação”, caso dos dois últimos.

Segundo os hospitais, a situação do estoque atual é a seguinte: Propofol – 4 dias, Cisatracurio – 4 dias, Atracúrio – 4 dias, Rocuronio – 9 dias, Midazolam – 14 dias, Fenatanila – 19 dia. “Ficou clara a escassez de medicamentos essenciais para o tratamento de pacientes acometidos pela Covid-19, especialmente os sedativos necessários para intubação”,afirma a entidade que fez o levantamento na quinta-feira, 18. “

A entidade classifica a situação como “preocupante”. Mas a julgar pelo que dizem os hospitais, é caótica mesmo. “Entendemos a preocupação do governo em garantir os insumos necessários para a atenção aos pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), mas a situação do setor privado também é bastante preocupante e, certamente, atingirá o seu ápice nos próximos dias. Caso essas instituições fiquem sem as medicações necessárias para os procedimentos exigidos em pacientes acometidos pela Covid-19, a alta demanda dos hospitais privados sobrecarregará ainda mais o setor público- agravando a situação do sistema de saúde brasileiro”.

A entidade informou, ainda, que nos últimos dois dias, houve várias requisições, desorganizando a cadeia de suprimentos e privando hospitais dos recursos necessários já contratados para atender à crescente demanda de pacientes com a Covid-19.

“Assim sendo, solicitamos ao Ministério da Saúde e demais órgãos competentes atenção urgente em relação à esta questão crítica que a saúde está vivendo, colocando em risco a vida dos pacientes”.

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