Na contramão da briga com a França

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Em plena crise ambiental e internacional – e em momento em que o Presidente do Brasil anda às turras com o Presidente da França –  o governador Paulo Câmara (PSB)  parece não estar nem aí para a briga. E faz muito bem. Ele recebeu hoje, Palácio do Campo das Princesas, o diretor regional da Brasil Cone Sul Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD), Phillipe Orliange. A agenda do encontro foi  sobre investimentos da Instituição nas áreas prioritárias do Estado. A agenda da AFD, que envolve projetos de impacto positivo em termos de luta contra as mudanças climáticas, “coincide com a do Governo de Pernambuco”, de acordo com nota divulgada pelo Serviço de Imprensa do Estado.

“Essa questão do meio ambiente, nunca deixamos de lado. Pelo contrário, nós intensificamos. Estamos ampliando as áreas de conservação, temos uma série de projetos de preservação do meio ambiente interessantes, com relação também à água, ao saneamento e à recuperação de bacias”, explicou o Governador. Monitoramento da emissão de gases de efeito estufa, elevação do nível do mar, instalação de usinas solares, destinação de resíduos sólidos, potencial do Rio São Francisco, construção de parques lineares, entre outros temas, também foram abordados durante a conversa. Em novembro deste ano, o Recife vai sediar a Conferência Brasileira de Mudança do Clima, tema que também entrou na discussão.

Antes, o Governador anunciara mais uma iniciativa da agenda ambiental de Pernambuco, a construção da primeira etapa do Parque Ambiental Janelas para o Rio, que prevê recuperação de margens do Rio Ipojuca, implantação de parques lineares no Agreste e equipamentos urbanos.  Haverá, ainda, reflorestamento nas matas ciliares. A primeira etapa será no bairro do Cedro, em Caruaru, a 130 quilômetros do Recife, e ficará no interior de área de preservação ambiental.  A ordem de serviço foi assinada hoje, e a obra deve custar R$ 6 milhões. Posteriormente, Gravatá e São Caetano ganharão equipamentos do Parque Ambiental Janelas para o Rio. O Rio Ipojuca,  no entanto, tem triste situação: é tido como um dos mais poluídos do Brasil. E a situação não muda, enquanto o Estado não for dotado de serviços de saneamento básico compatível com as necessidades do século 21.

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Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Foto: Hélia Scheppa / Divulgação / SEI

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