Mutirão contra o lixo na escola

Adooooooooooooro falar de ações em defesa do meio ambiente. Desta vez, refiro-me à Escola Municipal Aristheu Figueiredo, que fica no município do Cabo de Santo Agostinho, na Região Metropolitana do Recife. Tanto lá como na Capital, a população teima em descartar o lixo em locais inadequados. No caso do Cabo, nem as calçadas do estabelecimento eram poupados. Mas a turma não ficou parada.

Diariamente, seus 380 alunos eram obrigados a conviver com a fedentina e a sujeira nas proximidades do colégio. Semana passada, juntaram-se todos: professores, alunos, pais e fizeram um mutirão de limpeza. O objetivo era não só a conscientização ambiental, mas também a melhoria no convívio na própria comunidade. Todos se deram as mãos, mas foram os próprios alunos que promoveram a ação educativa na área externa da instituição, com uma série de atividades para motivar a comunidade a não sujar as ruas.

Valmira, Maria e Aldair participaram da ação para que ninguém mais jogue lixo na rua. Lugar de lixo, claro, é no lixo

Houve apresentação de paródias, danças e fantoches, além da confecção e distribuição de panfletos. As crianças só não participaram da pintura de painel no muro da escola (o que é uma pena), que ficou sob responsabilidade de um artista.  Assim, o muro passou a contar com a ilustração dos personagens da Liga Pela Paz, presentes na coleção destinada ao Ensino Fundamental I e desenvolvida pela organização Inteligência Relacional.  De acordo com a gestora Morgana de Almeida, a ação surgiu com o propósito de unir toda comunidade em torno de um problema com o descarte inadequado do lixo na região, utilizando o diálogo, o respeito e a reflexão para encontrar uma solução conjunta.

A partir disso, o colégio almeja, ainda, a construção de uma Cultura de Paz e respeito ao meio ambiente, e de outras que venham a surgir. “A pintura do muro com os personagens da Liga Pela Paz com mensagem de respeito ao meio ambiente, foi uma de nossas estratégias para que essa representatividade chegue além do ambiente escolar, envolvendo também a comunidade”, enfatizou a gestora Morgana Almeida. “As atividades desenvolvidas com os alunos visaram mostrar que a escola é de todos nós, assim como o ambiente do entorno, construindo, dessa forma, um respeito mútuo”, concluiu outra gestora, Adriane Barros. Muito bom que algumas escolas estejam com esse tipo de iniciativa. No Recife, há aquelas que mantêm hortas orgânicas, para ensinar aos seus alunos a importância do alimento sem agrotóxicos não só para a nossa saúde, mas também para a preservação da mãe Natureza.

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Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Foto: Divulgação

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