Em 2020, ele foi um dos indicados do Prêmio SUM 2020, na categoria Novos Talentos. Como outros jovens artistas – como Almério e Juliano Holanda – Martins está incluído entre os destaques da nova geração de músicos em Pernambuco.
É verdade que a pandemia atrapalhou a vida de muita gente, que se viu obrigada a ficar fisicamente distante dos palcos, dos shows, do público, justamente quando começa a despontar. Mas mesmo assim, o artista não parou. Ele acaba de lançar o primeiro videoclipe, que já está disponível em seu canal oficial do Youtube. O clipe é um passeio pelos rios de Capibaribe e Beberibe, no Recife.
“Quis trazer a geografia da cidade para o vídeo pois tem muito a ver com a música e com o meu trabalho”, diz Martins. “Além da canção falar sobre sentimentos e afetos, o clipe é solar, bonito, transmite otimismo e acho que é isso que estamos precisando nesse momento” acrescenta o cantor e compositor. A direção do clipe é de Marcelo Barreto, da Atelier Produções.
E a música escolhida foi Me dê, de roupagem swingada, com influências do ijexá e da música africana, que traduz bastante a diversidade de seu primeiro álbum, homônimo, lançado em 2019 pela gravadora Deck. Martins, o álbum, traz 11 faixas autorais, incluindo algumas parcerias, que retratam crônicas do cotidiano. Com direção musical de Juliano Holanda o disco foi gravado em Recife e também e na Europa durante a turnê do artista pelo continente. Martins tem uma legião de fãs no Recife, inclusive Juliana Lins (foto), minha filhota. No seu aniversário, em petit comité, ela ganhou uma apresentação do cantor a bordo de uma lancha. Um presentaço e tanto. Ela adorou, claro.
O Me dê, foi gravado ora em barcos singrando as águas, ora em terra firme, mas em locais que têm ligação principalmente com o Capibaribe. É o caso Capibar, detentor de longa história em defesa do Capibaribe, principal rio do Recife. Em anos sem pandemia, o Capibar promove no oitavo mês do ano o evento HágostopeloCapibaribe, que consiste em uma espécie de gincana, onde ganham prêmios os barqueiros que recolhem a maior quantidade de lixo no Rio. E aparece de tudo, de capacete de motociclista e carcaça de geladeira. Uma ofensa a um rio tão bonito. Localizado no Poço da Panela, o bar tem, em seu pier, objetos “decorativos” que são materiais recolhidos no seu leito. Eles terminaram compondo um dos cenários em terra firme do clipe.
Agora, confira o vídeo. E abaixo, alguns links sobre música e sobre o Capibaribe.
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Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Fotos e vídeo: Juliana Lins e Divulgação