Moradora pede fiscalização no Centro

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Calçadas esburacadas dão o que falar, no Recife. E elas estão em todos os bairros, até no Centro. Semana passada, postei aqui a situação das calçadas da Rua Princesa Isabel e Riachuelo, perto da Faculdade de Direito do Recife, totalmente intransitáveis. Na primeira via, é preciso muita atenção do pedestre, sob risco de cair, torcer o pé, quebrar o tornozelo, o joelho. Reclamei dessa situação aqui no #OxeRecife. Afinal, nós, cidadãos e pedestres, temos direito a calçadas acessíveis, seguras, bem sinalizadas, coisa cada dia mais rara na nossa cidade.

E normalmente, colocamos toda a culpa no poder público. Afinal, é obrigação deste fiscalizar quem não cumpre a lei, já que esta prevê que – em caso de prédio privado – cabe ao proprietário zelar pela calçada. O problema é que a fiscalização não existe. E sobra para quem anda nas calçadas. O que, aliás, todo mundo faz, porque precisa.  Ao ver minha reclamação sobre as calçadas da Princesa Isabel, a leitora Carolina Elsztein atribuiu o “estado calamitoso”, também,  a comerciantes daquela rua.  Diz que eles fazem obras ilegais, que as detonam.

Os órgãos públicos não respeitam o cidadão, na questão calçada. Esta é da Secretaria Estadual de Agricultura.

“Vi seu post, e vou lhe dizer porque essa rua está nesse estado calamitoso, além do que já sabemos do nosso querido centro”, afirma. “No ano de 2014, o proprietário de um bar dessa rua simplesmente começou a fazer encanação ilegal em seu bar. Começava meia-noite e ia até as cinco da manhã”. Estrangeira, ela diz que, naquele momento, não sabia a quem denunciar o abuso nem a obra clandestina.

“A Rua Princesa Isabel está cheia de esgotos ilegais. E as calçadas estão desse jeito, porque os próprios moradores fazem esses desastres, sem controle nenhum”. Síndica de um prédio naquela artéria, outra coisa que a incomoda, e muito, é o lixo. Ela mora no Centro desde 2013, e reclama da falta de lixeiras, o que leva o povo a descartar de tudo no meio da rua ou sobre as calçadas. Já tentou resolver o problema, colocando um na frente do edifício onde reside. “Até o lixeiro a Emlurb não deixa colocar. A consequência é que o lixo fica espalhado na rua, (de jeito) totalmente anti higiênico”. Alô, alô, Emlurb dá uma passadinha na Princesa Isabel, que a situação é crítica. E a sujeira, enorme.

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Calçadas detonadas no Centro

Calçadas de metralhas no Centro
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As 22.000 multas cidadãs de Francisco

Texto e fotos: Letícia Lins / #OxeRecife

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